Algoz do Brasil, russa Gamova chora após derrota e não sabe se segue na seleção

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • AFP PHOTO/KIRILL KUDRYAVTSEV

    Gamova, oposto da seleção russa, tenta o ataque contra o bloqueio triplo brasileiro

    Gamova, oposto da seleção russa, tenta o ataque contra o bloqueio triplo brasileiro

Ekaterina Gamova foi, durante anos, um pesadelo para o vôlei feminino do Brasil, depois de derrotar a seleção em três mata-matas consecutivos. Nesta terça, ela foi derrotada de maneira dolorosa, depois de seis match points a favor, foi eliminada e deixou a quadra em Londres chorando. Agora, ela não sabe se segue na seleção de seu país.

“Eu ainda não sei, vou pensar. Com certeza vou seguir no meu time por mais um ano, porque tenho contrato a cumprir. Mas da seleção eu vou dar um tempo e depois vou pensar”, disse a oposta, em entrevista após o jogo.

Gamova tornou-se conhecido do público brasileiro por castigar a seleção feminina na semifinal dos Jogos de Atenas, em 2004, e nas finais dos Mundiais de 2006 e 2010. Nesta terça, ela fez 25 pontos, mas não conseguiu decidir quando seu time mais precisava.

“Algum time sempre tem de ter mais sorte. Nós a tivemos antes, em dois Mundiais e uma Olimpíada, e hoje não deu”, disse Gamova.

No quinto set, a Rússia perdia por 13 a 10, conseguiu virar para 14 a 13 e ainda teria seis match points, todos desperdiçados, até que o Brasil acertou dois saques com Fernanda Garay e avançou à semifinal. Com a queda precoce, a jogadora de 32 anos tem grandes chances de abandonar as quadras sem uma medalha de ouro olímpica, já que o máximo que conseguiu foram duas pratas em 2000 e 2004.

“Tomara que ela se aposente. É uma atacante muito talentosa. Não sei dizer se é a melhor do mundo porque não acho que ela é completa, ela não tem um bloqueio e uma defesa tão boas. Mas como atacante ela é fora de série”, resumiu José Roberto Guimarães, técnico do Brasil. 

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