Zé Roberto dá peixinho, brasileiras choram e festejam fim do "trauma" contra a Rússia

Do UOL, em São Paulo

  • Flavio Florido/UOL

    José Roberto Guimarães dá um peixinho na quadra para comemorar vitória da seleção

    José Roberto Guimarães dá um peixinho na quadra para comemorar vitória da seleção

O tie-break contra a Rússia nos Jogos de Atenas, em 2004, passou na cabeça de muito brasileiro nesta terça-feira. Mas, desta vez, a sorte foi para o lado das brasileiras. Depois de tanta luta, que resultou na vitória por 3 sets a 2, as brasileiras não se seguraram e desabaram no choro. Emocionado, José Roberto Guimarães comemorou a vitória sobre as europeias com um "peixinho" na quadra. Tudo para comemorar o fim do "trauma Rússia".

"Ali eu tinha de correr, fazer alguma coisa, porque o jogo foi muito tenso. Não tinha pensado em nada, foi ali na hora. Eu posso dizer a vocês que acho que nunca tinha passado uma situação complicada como aquela que vivemos depois da Coreia. Talvez vocês não tenham ideia do quanto foi difícil. Este foi um dos jogos mais emocionantes da minha carreira", festejou o comandante.

BRASIL SALVA 6 MATCH POINTS, VENCE A RÚSSIA E VAI Á SEMI

  • REUTERS/Ivan Alvarado

    A seleção feminina de vôlei finalmente espantou o velho fantasma da Rússia. Em sua melhor partida no torneio até agora, o Brasil, atual campeão olímpico, venceu por 3 sets a 2, eliminou sua velha carrasca e está na semifinal em Londres, por 24-26, 25-22, 19-25, 25-22, 21-19, depois de salvar seis match points.

"Esse choro significa a luta de quatro anos de um grupo que muita gente não estava acreditando. A gente está mostrando em quadra e vamos conseguir. É o trabalho que a gente acredita até o final. O campeão voltou e com força total", desabafou a central Thaísa, em entrevista à TV Record.

"Valeu, sofrimento sempre. Foi um jogo difícil contra a Rússia, principalmente pois elas jogam com bolas altas, superam bloqueio duplo, a Gamova passa por cima. É sempre uma luta, mas agora acabou. Acabou aqui, hoje, o que muita gente dizia que tínhamos medo da Rússia e que íamos parar na Rússia. Muito sufoco, Mas na nossa seleção tem muita gente de brio", festejou Zé Roberto, também à Record.

Há oito anos, na Grécia, começou o trauma contra as russas. O Brasil vencia o quarto set por 24 a 19 e estava muito perto de vencer a partida e avançar à decisão. As jogadoras se desconcentraram, falharam, perderam o set e também o tie-break, ficando fora da final. Após aquela partida, o grupo passou a conviver com o status de "time amarelão". 

Na final do Mundial, em 2010, mais uma vez as russas estavam pelo caminho, para tirar a medalha de ouro em uma partida equilibradíssima. Nesta terça-feira, a vontade das brasileiras em quadra foi visível. Sheilla, nos momentos decisivos, brilhou. E levou o Brasil à semifinal contra o Japão.

José Roberto Guimarães, que tenta sua terceira medalha de ouro em Jogos Olímpicos (venceu em 1992, com a equipe masculina, e em 2008, com as mulheres), ainda criticou a arbitragem por um erro na reta final do tie-break.

A ponteira Fernanda Garay atacou uma bola que foi dentro, mas o fiscal de linha deu fora e a Rússia se aproximou no placar. "Todo mundo erra, mas não dá para aceitar. No Mundial de 2010 foi a mesma coisa, a Sheilla atacou dentro e o juiz deu fora. É inaceitável", reclamou.

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