Vitória sobre o Brasil valerá aos jogadores sul-coreanos dispensa do serviço militar
Carlos Padeiro
Do UOL, em Manchester (Inglaterra)
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Getty Images
Coreia do Sul eliminou o Reino Unido nas quartas de final e calou o estádio Millenium, no País de Gales
Além de uma vaga na final da Olimpíada, vencer o Brasil na semifinal de terça-feira, às 15h45 (de Brasília), renderá aos jovens jogadores da Coreia do Sul a dispensa do serviço militar.
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Por conta do conflito com a Coreia do Norte, o país asiático exige dois anos de dedicação às Forças Armadas para todos os homens, entre 19 e 30 anos.
Segundo os jornalistas sul-coreanos que acompanham a seleção em Manchester, é muito ruim estar no serviço militar, porque atrapalha os estudos e a carreira profissional. Além disso, o salário é baixo, 100 dólares por mês, e impede viagens ao exterior.
Como um incentivo ao esporte, o governo libera do Exército quem triunfa em competições importantes. Uma medalha na Olimpíada, de ouro, prata ou bronze, deixa os atletas livres da carreira militar.
“Os jogadores estão aqui mais por isso do que pelas medalhas”, opinou o jornalista Min Seok Chang.
Portanto, ganhar do Brasil garantirá aos 18 atletas do elenco da Coreia do Sul esse prêmio, já que pelo menos a prata estará garantida. Se perder para o time de Mano Menezes, a última oportunidade estará na disputa pelo bronze, na sexta-feira, contra o perdedor de México e Japão.
Nos Jogos Asiáticos, o ‘Pan-Americano do continente’, apenas o ouro livra os atletas do Exército. Em 2010, os sul-coreanos perderam na semifinal para os Emirados Árabes Unidos e ficaram sem o benefício. Alguns jogadores do elenco atual sentiram a desilusão da derrota de dois anos atrás.
Questionado sobre essa pressão extra sobre os sul-coreanos, o técnico Myung Bo Hong procurou minimizar. “Eles já viveram essa experiência. Acredito que não preciso tratar do assunto com eles.”
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