Brasil faz seu melhor jogo, vence a Sérvia e pega a Rússia nas quartas do vôlei

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Ivan Alvarado

    Jogadoras do Brasil festejam ponto de bloqueio da equipe durante a partida contra a Sérvia

    Jogadoras do Brasil festejam ponto de bloqueio da equipe durante a partida contra a Sérvia

A seleção feminina de vôlei demorou, mas finalmente ganhou sem ceder sets e acertando em quase todo o jogo. Depois de dias de pressão, o Brasil entrou em quadra dependendo só de si mesmo para avançar, bateu a Sérvia por 3 a 0 (25-10, 25-22 e 25-16) e está nas quartas de final do torneio olímpico.

O problema é que o primeiro rival do mata-mata é duro. Como passou pelo grupo B em quarto, o Brasil vai encarar a Rússia, líder da outra chave. Em quadra, além do bom time estrelado por Sokolova e Gamova, a seleção terá de enfrentar o trauma contra a rival, carrasca na final do Mundial de 2010 e na semifinal das Olimpíadas de Atenas, há oito anos, quando a maior parte da equipe atual não estava em quadra.

Pelo que passou nos últimos dias, no entanto, a pressão agora talvez seja até menor. O Brasil chegou à última rodada com grandes chances de ser eliminado, após ter perdido para Estados Unidos e Coreia sem conseguir levar o jogo ao tie-break. Minutos antes de começarem a enfrentar a Sérvia, no entanto, as pupilas de José Roberto Guimarães puderam respirar aliviadas quando os Estados Unidos venceram a Turquia por 3 a 0.

Brasileiros em Londres - dia 9
Brasileiros em Londres - dia 9

A partir daí, a missão da seleção era só vencer a Sérvia, lanterna do grupo sem nenhum ponto. E o time fez mais que isso. Pela primeira vez no torneio, o Brasil jogou solto, acertou em quase todos os momentos e deu poucas chances às adversárias.

A taxa de acerto no ataque foi bem melhor que a média de 26% que a equipe vinha tendo. Neste domingo, cerca de 50% das bolas do Brasil foram para o chão. O bloqueio também funcionou bem e o time errou menos. A pesar contra a atuação de Jaqueline e companhia só a fraca seleção da Sérvia, que contribuiu muito para a facilidade do jogo.

As europeias erraram muito. Só no primeiro set, foram oito pontos de graça para o Brasil, que abriu vantagem logo no começo, não ?apagou? como vinha fazendo e fechou por 25 a 10 em apenas 19 minutos.

Na segunda parcial, as sérvias endureceram. Muito mais eficientes na rede, elas ficaram próximas do placar em todos os momentos. Só que Dani Lins, mais uma vez titular, soube usar bem as atacantes nos momentos decisivos e a seleção fechou sem sustos em 25 a 22. Daí em diante, a Sérvia voltou jogar de forma parecida com a da primeira parcial.

Com um aproveitamento pífio no ataque, as europeias não conseguiram segurar o Brasil no placar. A seleção logo impôs uma vantagem de cinco pontos, soube administrar e fechou sem sustos em 25-16. 

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