COI pede que técnicos de duplas de badminton excluídas também sejam investigados
Das agências internacionais, em Londres (Inglaterra)
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REUTERS/Bazuki Muhammad
Chinesa Yu Yang, à direita, anunciou decisão de abandonar o badminton após eliminação dos Jogos
Além das jogadoras, o corpo técnico das equipes de badminton expulsas dos Jogos Olímpicos de Londres acusadas de tentarem perder jogos de propósito para manipular o chaveamento do torneio de duplas feminina, será investigado. O anúncio foi feito pelo diretor de comunicação do COI, Mark Adams.
"Não falaria de punições, mas pedimos aos comitês olímpicos que falem com o corpo técnico. É preciso ouvir o que eles têm a falar", disse Adams.
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Na quarta-feira, a Federação Mundial de Badminton excluiu oito atletas dos Jogos Olímpicos por manipulação de resultados. As duplas punidas foram uma chinesa, uma indonésia e duas sul-coreanas. Uma das atletas da China, Yu Yang, que foi campeã da modalidade nos Jogos de Pequim, anunciou a aposentadoria depois do escândalo.
“Nós queremos ver um resultado positivo para o esporte nos Jogos Olímpicos. Agora só temos certeza de que eles (os três comitês olímpicos) também consideram a investigação, para assegurar que os atletas não sejam os únicos punidos”, afirmou Adams.
A iniciativa o COI aconteceu um dia depois que o chefe da Federação Mundial de Badminton, Thomas Lund, afirmou que os treinadores não tinha nada a falar sobre o caso.
Poucas horas depois, no entanto, o treinador chinês Li Yongbo revelar à mídia chinesa que ele era culpado por ter instruído a dupla Yu Yang e Wang Xiaoli a fazer “corpo mole” durante a competição.
Grande parte dos outros times apontaram as chinesas como os mentores do escândalo. Lung admitiu que não sabia das declarações de Li e se negou a dizer se a federação irá abrir investigação.
“Eu creio que o problema é dos atletas. Eles foram pegos e este é o fim. Esta parte está encerrada. E não posso dizer nada no atual estágio ao que se refere aos treinadores”, afirmou Lung.
Ao canal Sky, o dirigente deu mais declarações sobre o caso. “É o mesmo que doping”, analisou.
Com relação às jogadoras, Adams foi sucinto. "O assunto está encerrado. Enviamos uma mensagem aos comitês avisando que se algo parecido voltar a acontecer, medidas serão tomadas", disse.
Perguntado sobre as declarações do treinador da seleção feminina de futebol, Norio Sasaki, que admitiu ter recomendado a sua equipe que não ganhasse a partida contra a África do Sul, Adams disse que a situação é distinta ao do badminton. "Não é o mesmo caso. Não se pode provar. Há uma grande diferença entre um caso e outro", disse Adams.