Capitão da seleção do Reino Unido, Giggs cria polêmica ao se recusar a cantar hino inglês

Das agências internacionais, em Londres (Inglaterra)

A polêmica sobre a formação do “Team GB”, como é conhecido a delegação do Reino Unido para a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, chegou ao seu ápice após o capitão da seleção masculina de futebol, o galês Ryan Giggs, se negar a cantar o hino “God Save the Queen” (Deus Salve à Rainha) antes das partidas do torneio.

Os outros jogadores nascidos no País de Galês - Craig Bellamy, Joe Allen, Aaron Ramsey e Neil Taylor - também não cantaram o hino antes dos confrontos com Senegal e Emirados dos Árabes Unidos por considerá-lo um símbolo inglês, o que gerou um acalorado debate sobre patriotismo, nacionalismo e identidade.

E o assunto ganhou ainda maior dimensão porque o Reino Unido faz o último jogo da fase de classificação contra o Uruguai no estádio Millenium de Cardiff, capital do país de Gales.

Giggs, capitão da seleção, já havia pedido que os galeses não vaiassem a execução do hino, solicitação que foi reforçada por Bellamy. “Todo hino nacional, mesmo que seja do seu pior inimigo, só dura um ou dois minutos e é preciso estar em silêncio e demonstrar respeito”, disse o atacante.

Antes dos Jogos, Giggs, que nunca disputou uma competição de grande porte com o seu país de origem, afirmou que estar orgulhoso por participar de uma Olimpíada, mas não de representar o Reino Unido.

No time feminino, que derrotou o Brasil na última terça-feira, a situação se repete e as jogadoras escocesas também ficam em silêncio.

Gales, assim como Escócia, Irlanda do Norte e Inglaterra têm uma federação própria e disputam competições da Fifa e Uefa de forma independente.

Ryan Giggs
Ryan Giggs

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