Guilheiro reconhece que rivais foram melhores e não se abala por falta de títulos
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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Flavio Florido/UOL
Leandro Guilheiro durante uma de suas lutas; favorito, judoca foi mal e não chegou a brigar por medalha
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Ainda de cabeça quente após desperdiçar sua chance de ganhar a terceira medalha da carreira, Leandro Guilheiro não quis dar desculpas para os problemas em Londres. Ao sair do tatame, o brasileiro disse que as derrotas que o tiraram do pódio foram mérito dos rivais, e que ele não se abala pelo fato de nunca ter conquistado um grande título na carreira.
“Não foi nada extra-tatame, com certeza. Estou no melhor momento da minha carreira, a minha preparação foi a ideal. Eu não senti a pressão da Olimpíada, para mim é um fator de motivação. Estou muito equilibrado, em todos os aspectos. O que aconteceu é que eles lutaram melhor e anularam a minha pegada, meu estilo” disse Leandro Guilheiro.
O brasileiro entrou como favorito à medalha de ouro, já que era o líder do ranking olímpico. Na terceira luta, no entanto, ele parou no norte-americano Travis Stevens, que o derrotou com um wazari. Pouco mais de uma hora depois, ele teve a chance de ir para o terceiro bronze, mas caiu diante do japonês Takahiro Nakai por um yuko que recebeu por falta de combatividade.
"Não dá para dizer que eu me desconcentrei depois da derrota. Assim que eu perdi para o americano eu já comecei a pensar no japonês, já quis ver o que estava acontecendo", disse Guilheiro.
O brasileiro soma duas medalhas olímpicas e dois pódios em Mundiais na carreira. Em nenhuma dessas competições, no entanto, ele conseguiu se sagrar vencedor, apesar de estar entre os melhores do mundo há quase dez anos. Apesar do dado negativo, ele descarta qualquer tipo de pressão.
"Quando eu era garoto eu não sabia administrar isso e ficava me cobrando por um título. Hoje eu sei que eu fiz meu máximo. Se eu ainda não ganhei é porque não chegou a hora, porque eu não estou pronto. Não sei se um dia eu vou ganhar, se vou ganhar no ano que vem. O que eu sei é que hoje eu me cobro para melhorar. Se fosse há cinco anos talvez fosse diferente", disse o judoca.