China se abre ao mundo ocidental e comprova sua força ao superar os Estados Unidos

A China cumpriu seus objetivos como sede dos Jogos Olímpicos de Pequim. Grande potência emergente, o país tradicionalmente fechado abriu suas portas para turistas de todo o mundo e mostrou que também sabe ser moderno.

As construções do Cubo D’Água e do estádio Ninho de Pássaro impressionaram os visitantes, que viram de perto o boom da publicidade local. A preparação intensa para que os Jogos saíssem perfeitos até sofreu abalos, como os protestos no tour da tocha olímpica que antecedeu a competição.

O resultado esportivo, no entanto, apagou qualquer dúvida do potencial da China. O país asiático conquistou nada menos que 51 medalhas de ouro, contra 36 dos Estados Unidos. Foi a primeira derrota norte-americana no quadro de medalhas desde 1992, quando a Comunidade dos Estados Independentes (CEI, antiga União Soviética) venceu.

O número significativo de ouros foi resultado de um longo projeto de crescimento esportivo. Desde 2000, a China investiu pesado em esportes nos quais não tinha tradição, como esgrima, boxe, remo e ginástica, entre outros. Essas modalidades têm a característica de distribuir muitas medalhas nos Jogos Olímpicos.

Brasil abaixo do esperado
Se a China teve muito a comemorar, o Brasil nem tanto. No primeiro ciclo olímpico completo com verba da Lei Piva, que destina dinheiro das loterias ao esporte, o país foi pior, em termos qualitativos, que quatro anos antes, em Atenas-2004.

Foram três ouros, quatro pratas e oito bronzes, contra cinco ouros, duas pratas e três bronzes nos Jogos na Grécia, em 2004. Relativamente pouco para o investimento de cerca de R$ 1 bilhão de dinheiro público desde 2002.

As notícias boas vieram da delegação feminina. Ketleyn Quadros, do judô, conquistou a primeira medalha individual de uma brasileira na história, de bronze. Dias depois, Maurren Maggi foi mais longe, ganhando o ouro inédito no salto em distância. As meninas do vôlei completaram a lista de conquistas com o título na quadra.

Nas piscinas, Cesar Cielo ascendeu como um dos maiores nomes da modalidade em todo o planeta. Com um bronze nos 100 m e o ouro nos 50 m, o paulista de Santa Bárbara D’Oeste colocou seu nome entre os heróis olímpicos verde-amarelos.

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Teddy Riner exibe foto de um amigo ao receber a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim Imagem: Clive Brunskill/Getty Images
Classificação de 2008
  País Ouro Prata Bronze  
China 51 21 28 100
Estados Unidos 36 40 38 114
Rússia 23 19 28 70
Reino Unido 19 13 15 47
Alemanha 16 10 15 41
Austrália 14 15 17 46
Coréia do Sul 13 10 8 31
Japão 9 6 10 25
Itália 8 10 10 28
22º Brasil 3 4 8 15
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Ficha

Países participantes
204
Número de modalidades
28
Número de atletas
10.942 (6.305 homens, 4.637 mulheres)
Participação do Brasil
23º lugar
Data de abertura
08 de Agosto de 2008
Data de encerramento
24 de Agosto de 2008
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