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27/08/2008 - 15h51

Zé Roberto exalta Fofão e repete discurso sobre Fernanda Venturini

Roberta Nomura
Em Guarulhos (SP)
Mesmo com a conquista do inédito ouro olímpico da seleção brasileira feminina de vôlei, o técnico José Roberto Guimarães teve que responder a perguntas sobre a ausência de Fernanda Venturini no elenco campeão. Em discurso sincronizado com o que havia dito antes dos Jogos, o treinador preferiu não dar destaque à questão e exaltou a importância da levantadora Fofão no grupo.

Diego Padgurschi/Folha Imagem
Fofão dá primeira entrevista após o ouro olímpico conquistado em Pequim...
Paulo Whitaker/Reuters
... em seguida, posa para foto até de uma bombeira no desfile em carro aberto
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No fim de março, Fernanda Venturini confirmou seu desejo de disputar sua quinta Olimpíada. A levantadora retornou às quadras após anunciar aposentadoria e enviou o pedido para estar em Pequim por e-mail para o treinador.

"A Fernanda não participou do ciclo olímpico, por isso não seria justo colocá-la na equipe e barrar alguém que trabalhou duro nestes quatro anos. Ela é incontestável como jogadora, mas o critério foi este", explicou Zé Roberto.

Sem Venturini, a seleção brasileira contou com a titular Fofão e reserva Carol Albuquerque na campanha dos Jogos Olímpicos de Pequim. Eleita a melhor levantadora da competição, a veterana jogadora foi a mais elogiada pelo técnico após a conquista.

"Cada jogadora tem sua história na seleção. Todas foram pulmão e coração, mas a Fofão foi a alma deste time", afirmou Zé Roberto.

Aos 38 anos, a levantadora se despede da seleção brasileira após 17 anos na equipe. Embora tenha sido ofuscada na maior parte do tempo por Fernanda Venturini, Fofão sai com o vitorioso currículo, que inclui três medalhas olímpicas (um ouro e dois bronzes) e duas pratas em Mundiais.

O grande desafio do técnico Zé Roberto será encontrar uma substituta para a posição. No momento, o nome certo é de Carol Albuquerque. "Vamos ter essa troca importante que a levantadora, o coração do time. Substituir uma jogadora como a Fofão não é muito simples, mas vamos buscar da melhor maneira possível."

Sem acompanhar de perto o vôlei brasileiro, porque atuava na Europa desde 2004, Fofão prefere não apontar uma sucessora. "Não vi muito de perto e fica difícil falar se tem alguém especial. Mas toda levantadora precisa de experiência e rodagem. É importante dar o tempo necessário para mostrar o talento", falou.

Mesmo com a aposentadoria da seleção, a jogadora seguirá atuando. Após quatro temporadas longe do Brasil, Fofão está de volta para defender o São Caetano, que contará ainda com as campeãs olímpicas Mari e Sheilla.

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