UOL Olimpíadas 2008 Notícias

24/08/2008 - 04h17

Pelo título, Bernardinho faz mudanças ousadas, mas fica com a prata

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Inovações táticas deram o tom do que foi a partida para a seleção brasileira masculina de vôlei neste domingo na final olímpica. A prata contra os Estados Unidos, na derrota por 3 sets a 1 (20-25, 25-22, 25-21 e 25-23), teve lances dramáticos e experiências que o técnico brasileiro Bernardinho não tinha feito até então nos Jogos.

Tudo para tentar vencer um time que virou uma "pedra no sapato" dos brasileiros nos últimos anos e em um passado bem recente. Os norte-americanos tiraram o Brasil da final da Liga Mundial e marcaram certa superioridade no período.

A novidade de Bernardinho veio no segundo set. Quando o time sofria no saque de Stanley, o técnico Bernardinho inovou. Tirou o oposto André Nascimento de quadra para colocar o ponta Murilo. A seleção ficou com três pontas em quadra (Giba, Dante e Murilo) para melhorar a recepção, sendo que Dante foi deslocado para a posição de oposto.

Na mesma parcial, quando os brasileiros corriam atrás no placar, o técnico ainda colocou Bruninho para sacar quando Giba e Marcelinho formavam o fundo da seleção. Com dois levantadores em quadra, Bernardinho levou agilidade e força na defesa ao time.

O técnico já tinha inovado no primeiro set. No final, quando ocorreu a tradicional troca do 5-1 - substituição que se coloca um oposto no lugar de um levantador e um levantador no lugar de um oposto -, Bernardinho pos Bruninho e tirou André Nascimento, o que seria normal. A entrada de Murilo no lugar de Nascimento é que quebrou a regra.

"O Andre Nascimento foi um cara que nos manteve na partida contra a Rússia (pela primeira fase). Hoje ele esteve um pouco abaixo, bem marcado. Não tem como o cara ser perfeito sempre", explicou Bernardinho.

Mesmo com as mudanças, a equipe teve problemas na recepção do saque de Stanley e acabou sem o volume necessário para vencer a partida e garantir o segundo ouro olímpico consecutivo.

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