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24/08/2008 - 03h35

Prata em Pequim evita maior hegemonia da história do vôlei

Lello Lopes
Em Pequim (China)
"Este é um grupo que fez um ciclo que ninguém fez". A frase do técnico Bernardinho, na véspera da final dos Jogos Olímpicos de Pequim, quase transformou-se em fato neste domingo. Mas a derrota para os Estados Unidos por 3 sets a 1 impediu que se concretizasse.

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Com a medalha de prata obtida na China neste domingo, o Brasil perdeu a chance de tornar-se o primeiro país a ganhar, na seqüência, duas medalhas de ouro em Olimpíadas e dois Campeonatos Mundiais.

As duas maiores hegemonias do vôlei até agora, União Soviética e Estados Unidos, tinham 'apenas' três títulos importantes em seqüência. Os soviéticos conseguiram o feito por duas vezes. Em 1960 e 1962, o time levou dois títulos mundiais e foi ouro nas Olimpíadas de Tóquio-1964. A segunda foi nos Mundiais de 1978 e 1982 e nos Jogos Olímpicos de Moscou-1980. Os norte-americanos deram o troco nas Olimpíadas de Los Angeles-1984 e Seul-1988 e no Mundial de 1986.

Entretanto, União Soviética e Estados Unidos tiveram o trabalho facilitado pelos boicotes que os dois países fizeram nos Jogos Olímpicos de 1980 e 1984. Os norte-americanos não foram a Moscou e os russos desistiram de Los Angeles.

Curiosamente, o Brasil teve chance de quebrar a série de União Soviética e Estados Unidos. A seleção, que contava com Bernardinho como levantador, perdeu para os soviéticos a final do Mundial de 1982 e para os norte-americanos a decisão dos Jogos Olímpicos de 1984.

O domínio brasileiro nos anos 2000 começou na Argentina, quando a seleção conquistou, pela primeira vez, o título mundial em 2002. Dois anos depois, na Grécia, o Brasil ganhou a medalha de ouro olímpica.

A série de títulos continuou em 2006, no Japão, com o bicampeonato mundial. Agora, na China, a seleção deixou de aumentar o seu currículo vitorioso e não se transformou na maior hegemonia de todos os tempos.

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