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22/08/2008 - 12h36

Bernardinho rebate críticas e defende jogadores após vaga na final

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Após conseguir a vaga na final do torneio masculino de vôlei dos Jogos Olímpicos de Pequim, com uma grande vitória de 3 sets a 1 sobre a Itália nas semifinais, Bernardinho desabafou. O técnico da seleção brasileira rebateu as críticas que recebeu desde os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no ano passado, quando cortou o levantador Ricardinho por causa de problemas de relacionamento.

"Foi um ano duro, de julgamento de pessoas que não têm a menor condição técnica ou moral de julgar. Me chamaram de tudo: traidor, nepotista, mercenário", desabafou o técnico.

A declaração do técnico mostra que a ferida aberta pela saída do ex-capitão da seleção brasileira ainda não foi totalmente cicatrizada. Ricardinho foi cortado da equipe dois dias antes da estréia no Pan por causa de um desgaste na relação com o técnico. O grupo apoiou a decisão de Bernardinho, que nunca mais convocou o levantador.

Nesta sexta-feira, o treinador mostrou gratidão pela atitude dos jogadores. "Se tiver um outro pacto (de jogar o próximo Mundial ou a próxima Olimpíada) não tem como eu dizer não aos caras, principalmente pelo que eles fizeram por mim, por apoiarem a minha decisão", disse Bernardinho.

Ganhando ou perdendo a final de domingo, à 1h (de Brasília), contra os Estados Unidos, o técnico Bernardinho ainda não sabe se permanecerá na equipe. O treinador, entretanto, deixou claro que não vai aceitar nenhuma proposta do exterior ou virar dirigente.

"A minha decisão será aquela que for a melhor para o grupo", disse o técnico, que está no comando da seleção masculina desde 2001. Antes, ele dirigiu a equipe feminina, conquistando duas medalhas de bronze em Olimpíadas (Atlanta-1996 e Sydney-2000).

Técnico também do Rexona-Ades, Bernardinho não quer acumular funções. "Sinceramente, clube e seleção por mais quatro anos seria fisicamente impossível", afirmou o treinador.

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