Mesmo com a expressiva vitória por 3 a 0 que eliminou o Brasil, seu maior rival da América do Sul, da disputa pelo ouro olímpico dos Jogos de Pequim, os jogadores da Argentina preferiram evitar declarações mais entusiasmadas por palavras de respeito adversário derrotado.

A última vez que o Brasil foi eliminado pela Argentina em uma partida decisiva foi na Copa América de 1993, quando a seleção de Carlos Alberto Parreira caiu na disputa por pênaltis nas quartas-de-final, após empatar por 1 a 1 no tempo normal.

O volante Javier Mascherano, um dos três atletas argentinos com mais de 23 anos que estão em Pequim, preferiu fugir de polêmicas.

"Há muito tempo não ganhamos deles. Então quando isso acontece, não interessa o placar. Não é bom falar nisso. O importante é estarmos na final".

Já o meia Juan Roman Riquelme preferiu valorizar a importância de ter vencido o seu maior rival desta forma. "Ganhamos contra o nosso maior rival, algo que nos dá muita confiança. Para mim é inacreditável estar pela primeira vez dentro de uma disputa da medalha de ouro da Olimpíada".

O técnico da seleção olímpica argentina Sérgio Batista, por sua vez, citou o resultado expressivo obtido contra o seu maior rival. "Esse tipo de placar não acontece em jogos entre Brasil e Argentina. Temos que desfrutar hoje e amanhã só pensar na Nigéria".

Questionado pelos jornalistas, Batista preferiu não comentar a atuação do seu adversário na partida desta terça-feira. "Não comento nada sobre o Brasil. Só faço comentários sobre a minha equipe, que teve a melhor apresentação nas Olimpíadas hoje".

O meia-atacante Lionel Messi não quis falar com os jornalistas. Enquanto esperavam Aguero sair do exame antidoping, os jogadores argentinos fizeram muita festa no ônibus da delegação do lado de fora do estádio dos Trabalhadores.

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