Sempre tida como uma das principais forças do futebol mundial mesmo com a falta de incentivo, a seleção brasileira feminina sofreu por um tempo com a fama de freguês de dois times: Estados Unidos e Alemanha.
E a fama foi superada da maneira mais recompensadora: com goleada em duas semifinais das principais competições do planeta - Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
No Mundial de 2007 na China, o Brasil ostentava uma campanha de apenas uma vitória em 22 jogos contra os Estados Unidos. Mas comandada por Marta, as brasileiras deram um show de futebol ao vencerem por 4 a 0 e carimbarem a passagem para a final da competição.
Um ano depois, na mesma China, o filme se repetiu, só que com um adversário diferente em uma competição distinta. O Brasil encarou nesta segunda-feira a Alemanha, adversário que nunca havia vencido (quatro vitórias e três empates em sete confrontos).
E as brasileiras não tomaram conhecimento das adversárias. Mais uma vez comandada por Marta, a seleção goleou a Alemanha por 4 a 1 e obteve vaga para a segunda final olímpica seguida.
Invencibilidade quebrada A goleada desta segunda-feira serviu para as brasileiras quebrarem mais dois tabus: as alemãs não haviam perdido ainda nos Jogos Olímpicos - em quatro partidas, foram três vitórias e um empate.
Além disso, a goleira Nadine Angerer viu sua invencibilidade de 973 minutos em competições oficiais (Copa do Mundo 2007 e Jogos Olímpicos) ruir da pior maneira possível: levando quatro gols de uma vez. Tudo isso para dar a dimensão do valor da vitória brasileira na China.
No Mundial de 2007, a seleção acabou perdendo para a Alemanha na final. Desta vez, a seleção tem a chance de quebrar dois tabus: de nunca ter vencido uma competição deste porte e de conquistar o primeiro ouro olímpico da história do futebol brasileiro. Chegou a vez das meninas?