UOL Olimpíadas 2008 Notícias

17/08/2008 - 11h23

Recordista com ouros em provas longas, Phelps agora quer ser velocista

Bruno Doro
Em Pequim (CHN)
César Cielo que se cuide. Depois de se tornar o maior atleta olímpico de todos os tempos, o norte-americano Michael Phelps pode virar velocista. "É algo que posso fazer. Mas não sei se o Bob vai aprovar". O Bob em questão é Bob Bowman, único técnico da carreira do fenômeno de 23 anos.

O treinador admite que o nadador pode ter sucesso nas provas mais rápidas. Em Pequim, ele nadou apenas uma prova considerada de velocidade, os 4x100 m livre. Nela, com 47s51, se tornou o terceiro homem mais rápido do planeta na distância, atrás apenas do campeão olímpico Alain Bernard e do recordista mundial Eamon Sullivan.

"Acho que teremos de ver o quanto ele está querendo realmente isso. Ele pensa que pode ser mais fácil, mas será difícil. Acho que ele pode se tornar um grande velocista e que essa mudança pode ser positiva. Mas acho também que ele tem o talento natural para as provas mais longas", completa Bowman.

Prova do que Bowman disse foi visto na vitória mais difícil de Phelps em Pequim. Nos 100 m borboleta, ele superou o sérvio Milorad Cavic por apenas um centésimo de segundo, depois de passar a virada em sétimo lugar.

A mudança serviria para o fenômeno norte-americano ganhar motivação. Em Pequim-2008, ele não só quebrou o recorde de sete medalhas de ouro de Mark Spitz, como o fez com direito a sete recordes mundiais. O único que não quebrou a melhor marca foi nos 100 m borboleta, em que superou apenas o recorde olímpico.

"Seria bom para começar tudo do zero. Fazer treinamentos diferentes, testar programas de preparação diferentes. Seria uma motivação a mais para os próximos quatro anos. Mas não quero pensar nisso agora. Só quero sair de férias e descansar".

Nadador mais rápido de Pequim-2008, o brasileiro César Cielo respondeu sobre como seria nadar contra Phelps. "Se ele vier, vai ter que nadar muito. Acho que para nadar nos 50 m, ele teria de ser muito, mas muito rápido para vencer não só eu, como os outros dois caras que foram ao pódio dos 50 m comigo", afirmou o brasileiro, lembrando dos franceses Amaury Leveaux e Alain Bernard.

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