Talvez por um capricho do destino, ou então uma curiosa coincidência, o Brasil terá pela frente a seleção de Camarões nas quartas-de-final do torneio olímpico de futebol na China. Contra o algoz da última tentativa brasileira pelo ouro, as atenções se voltam para Ronaldinho Gaúcho, que esteve presente na derrota para os africanos nos Jogos de Sydney, há oito anos.

Símbolo da equipe que fracassou nos Jogos de 2000, o camisa 10 da seleção admite que o reencontro com Camarões em Olimpíadas tem um significado pessoal, mas evita denominá-lo como vingança.

"Não existe vingança. É uma grande coincidência, por ser a mesma seleção. Mas claro que existe uma motivação especial nesse jogo", comentou o camisa 10 do Brasil nos Jogos de Pequim.

"A diferença desta vez para o jogo de 2000 é que hoje estou mais experiente. Acho que isso é melhor", emendou Ronaldinho Gaúcho, em discurso de confiança em relação ao duelo com os camaroneses.

Na Austrália, Ronaldinho marcou o gol de empate do Brasil no tempo normal contra Camarões, em cobrança de falta. Na prorrogação, os africanos conseguiram o 'gol de ouro' e mandaram a equipe então dirigida por Vanderlei Luxemburgo mais cedo para casa.

Segundo o grupo reunido por Dunga na China, a oportunidade de voltar a duelar com Camarões tem motivado palestras informais de Ronaldinho com os mais jovens.

"O Ronaldo sempre fala com a gente sobre esse jogo de Camarões, sobre a segunda Olimpíada dele, que não quer desperdiçar essa chance, que os problemas daquela vez precisam ser corrigidos", declara o goleiro Renan.

O confronto entre Brasil e Camarões, que coloca em jogo um lugar na semifinal, será disputado no próximo sábado, às 7h (horário de Brasília), na cidade de Shenyang.

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