UOL Olimpíadas 2008 Notícias

05/08/2008 - 11h41

Érika Miranda está fora dos Jogos, reserva não vai, e Brasil perde vaga

Rodrigo Bertolotto
Em Pequim (China)*
A judoca Érika Miranda, da categoria até 52 kg, apresentou uma lesão no joelho direito após exame dos médicos da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) e do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e foi cortada, nesta terça-feira, da delegação.

A atleta já apresentava um inchaço desde o período de treinamento no Minas Tênis Clube. Na passagem pelo Japão com o resto da equipe, ela se dedicou à fisioterapia, mas não se recuperou para disputar as Olimpíadas de Pequim-2008. Constatou-se uma lesão combinada dos ligamentos cruzado anterior e colateral medial do joelho direito.

Nesta terça, a brasiliense, de 21 anos, passou por uma ressonância magnética na capital chinesa e acabou vetada, segundo decisão do médico da seleção, Wagner Castropil, e do diretor médico do COB, João Granjeiro.

Érika era a única representante do time feminino que havia garantido a vaga olímpica pelo desempenho no Mundial de Judô do Rio, com a quinta colocação. A judoca continuará na Vila Olímpica, fazendo fisioterapia até o final dos Jogos. Na volta ao Brasil, será operada. "É uma lesão séria, com necessidade de cirurgia para recuperação plena. Ela deve voltar a treinar entre quatro e seis meses. Nas próximas três semanas ela ainda fará fisioterapia e será reavaliada", disse Castropil.

"Para nós, da comissão técnica, é um sofrimento grande dar essa notícia. Mas tomamos a decisão para preservar a integridade física dela e não prejudicar a continuidade de sua carreira", comentou Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ.

Substituta direta de Érika, Andressa Fernandes ficou no Brasil assim como todos os outros reservas, o que torna sua participação inviável. Em decisão conjunta do COB e da CBJ, definiu-se que não valeria a pena embarcar Andressa em um dos vôos diários que saem do Brasil rumo a Pequim, uma vez que a judoca não teria tempo hábil para aclimatar-se e competir já no domingo, dia 10, data para a qual estão agendadas as lutas desta categoria.

A permanência dos reservas no Brasil foi uma decisão da própria CBJ, que optou por enviar ao Japão como sparring dos titulares a equipe júnior que se prepara para o Mundial da categoria, a ser disputado em outubro, na Tailândia. De acordo com fontes ligadas à entidade, a comissão técnica entendeu que a colaboração dos reservas não seria grande, uma vez que eles chegariam 'desmotivados'. Os juniores, ao contrário, mostrariam maior dedicação por poderem ajudar o time adulto e, de quebra, treinarem para uma competição próxima.

*Atualizada às 16h33. Colaborou Paula Almeida, em São Paulo.

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