UOL Olimpíadas 2008 Notícias

04/08/2008 - 15h30

Tonel de gelo vira motivo para brincadeiras em treino de atletismo

Bruno Doro
Em Macau (China)
Nesta segunda-feira, pela primeira vez a equipe de atletismo brasileiro fez trabalho de imersão no gelo para recuperar a musculatura após o treino. Um grande tonel de plástico, cheio de água e gelo, era usado pelos atletas, que se revezaram para passar cerca de dez minutos com as pernas imersas.

Maria Laura Almirão, dos 400 metros rasos, e Fabiano Peçanha, dos 800 m, foram os primeiros no gelo. Depois, foi a vez de Maurren Maggi, do salto em distância, e Fabiana Murer, do salto com vara. As duas saíram do tonel com as pernas rosadas, queimadas pelo gelo, mas sem reclamar muito. Foi aí que a brincadeira começou.

Em sua vez, o velocista Nilson André relutou muito antes de entrar na água. "Vamos lá. Nós fomos homens", brincou Maurren. Logo que entrou no gelo, Nilson não conseguiu esconder a cara de dor. Segundo ele, seu corpo é mais sensível ao gelo do que os demais.

"O gelo é a pior parte do treino para mim. Minha pele e meus músculos são sensíveis demais. Quando entro no 'baldão', ou se apenas encosta gelo na minha pele, eu sinto uma dor insuportável", disse o velocista.

As coisas pioraram ainda mais quando ele teve de dividir o mesmo barril com Jefferson Sabino, do salto triplo. Quem estava ao lado começou a rir da situação. "É muito mais fácil fazer um tiro de 300 metros", respondeu o atleta.

Para fazer o tratamento, porém, o atletismo brasileiro sofreu para encontrar equipamento. Chefe da delegação, Martinho Nobre teve de encomendar os dois barris de Hong Kong, já que em Macau não existia nenhum com o tamanho necessário.

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