A delegação brasileira de atletismo tomou um susto nesta segunda-feira. Pela manhã, o serviço meteorológico de Macau emitiu um sinal de alerta de tufão nível 1. Os brasileiros ficaram sabendo do fato à tarde, quando estavam à caminho do segundo treino do dia, na ilha de Taipa.
Segundo relatório do observatório de Hong Kong, que também emitiu o sinal de alerta, uma depressão tropical está no sul da China, com ventos fortes, a 570 km ao sudeste de Macau e Hong Kong. O fenômeno se move a 10 km por hora em direção às duas cidades.
Alertas de nível 1 não causam problemas, mas a partir do nível 3, o próximo na escala, as autoridades passam a restringir o trânsito na cidade e pontes e aeroportos podem ser fechados. De acordo com o observatório de Hong Kong, o alerta não deve subir pelo menos até a manhã de terça-feira.
Na noite de segunda-feira, os atletas brasileiros treinaram normalmente, sem se preocupar com a tempestade que pode chegar. "Eu ouvi isso, mas até agora não notei mudança nenhuma. Vamos ver à noite. Vou para o hotel, me entocar no meu quarto e torcer para amanhã de manhã passar", disse o velocista Nilson André, que disputa as Olimpíadas pela primeira vez.
Membros do Comitê Olímpico de Macau afirmaram que o alerta de tufão é comum nessa época do ano e que maiores precauções não são necessárias. Segundo um dos responsáveis por acompanhar a delegação brasileira, caso o alerta aumente, a cidade deve sofrer com chuvas fortes, mas sem maiores conseqüências.
Um membro do Comitê Olímpico Brasileiro que está em Macau desde o mês passado, cuidando da logística do período de aclimatação brasileiro na antiga região brasileira, afirmou que um alerta de nível 1 já foi dado durante a presença do time brasileiro de natação na cidade. O fenômeno, porém, apenas mudou o clima.