UOL Olimpíadas 2008 Notícias

16/06/2008 - 21h12

Por união, jogadoras da seleção minimizam ausência de Iziane

Fernando Narazaki
Em Guarulhos (SP)
O técnico Paulo Bassul já deu o assunto por encerrado, mas o corte da ala Iziane da seleção feminina de basquete ainda é tratado pelo elenco brasileiro. Um dia após a classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim, as jogadoras comentaram o episódio no desembarque da seleção em Guarulhos (SP), nesta segunda-feira.

As palavras do técnico Paulo Bassul não deixam brechas para interpretações sobre o corte definitivo da ala Iziane da seleção brasileira de basquete, mas muitas atletas da equipe classificada para Pequim ainda crêem em um final conciliador para a rusga gerada no Pré-Olímpico de Madri.

Uma das defensoras mais ferrenhas da polêmica jogadora é a pivô Êga, que anseia por um pedido de desculpas de Iziane, apesar da própria jogadora já ter rechaçado a possibilidade.

"Quero acreditar que ela vai voltar à seleção", começou Êga. "Ela é uma menina muito doce, um amor de pessoa fora da quadra, e é uma pena que ela esteja sendo retratada como algo que ela não é", disse, em franca defesa da ex-colega.
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"A gente sabe que é difícil, mas a união está acima de tudo. Nos saímos bem de todas as dificuldades que tivemos e sempre com o grupo muito unido. Se perder a união, você pode esquecer", afirmou a ala Micaela, um dos destaques na vitória sobre Cuba, que garantiu a classificação brasileira à Olimpíada.

"Eu nunca tinha visto esse tipo de situação e na hora fiquei assustada no começo. Mas a gente tinha que esquecer o problema e virar a página. O importante é que o grupo fique unido. Isto tem que ser resolvido entre ela e a comissão técnica, as jogadoras não têm que se envolver", disse a ala-pivô Franciele.

Após ficar no banco de reservas na derrota para Belarus, pelo Pré-Olímpico, Iziane se recusou a voltar à quadra e, diante da inesperada atitude, o técnico Paulo Bassul resolveu cortar definitivamente a jogadora da seleção brasileira, inclusive dos Jogos.

Questionada se estrelas, como Iziane se entitulou, devem receber tratamento diferenciado, a reserva Natália foi enfática. "A partir do momento que se está na seleção, todas as atletas têm o nível parecido. A união está acima de tudo."

Firme na decisão de cortar Iziane, Bassul disse que não pretende mais falar sobre o assunto, embora algumas jogadoras tenham afirmado que torcem pelo retorno da ala. Ainda na Espanha, a pivô Êga saiu em defesa da ex-colega e anseia por um pedido de desculpas, já rechaçado pela ala do Atlanta Dream.

"Ela é uma menina muito doce, um amor de pessoa fora da quadra, e é uma pena que ela esteja sendo retratada como algo que ela não é", disse.

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