Veteranos deixam seleção de vôlei sem ouro e lamentando falta de sorte no adeus

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

A geração campeã de 2004 que conquistou a prata em Londres saiu, como não poderia deixar de ser, decepcionada. Ricardinho, Rodrigão, Dante, Serginho e Giba saíram visivelmente abatidos após a derrota contra a Rússia, e lamentando não terem tido uma sorte melhor no provável adeus do quinteto à seleção brasileira.

“É muito doído. Esse grupo queria o ouro, e quando você vê tão perto assim é difícil. Eu ainda estou em outro planeta aqui falando com vocês”, disse Ricardinho, ainda um pouco atordoado. “Todo mundo queria vencer, mas não conseguimos. Fizemos o máximo. Eu fico tranquilo que estou deixando a seleção em boas mãos”, disse Rodrigão.

Os cinco são os remanescentes do grupo atual da geração de ouro de Atenas, em 2004, sendo que apenas Ricardinho não soma três medalhas olímpicas. Desde o início do trabalho, Bernardinho repetiu à exaustão o discurso de que essa seria a oportunidade de uma despedida com chave de ouro.

Com a prata, ele agradeceu a postura de seus veteranos, coadjuvantes em Londres. “Acho que a gente já tem ótimas referências. Esses caras passaram muita coisa para o grupo. Isso é a essência do que vem acontecendo há 12 anos. É dedicação, trabalho, grupo, time...”, resumiu o treinador, que também não sabe se segue no cargo.

Ricardinho, Giba, Rodrigão e Serginho já falaram em deixar a seleção após essas Olimpíadas. Dante ainda estuda seguir até 2016, mas depende de seu estado físico. “Estou com isso na cabeça, mas preciso ver algumas coisas, como vai ficar meu joelho”, disse o ponteiro, que teve de ser substituído durante a final por conta da lesão no local.

De todos, o que tem o projeto mais ousado é Rodrigão, que cogita uma transição para o vôlei de praia. O problema é saber em quais condições isso aconteceria. “Se eu conseguisse arrumar um patrocínio poderia pensar”, disse o jogador. 

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