Marilson se vê como um dos poucos que combatem os africanos e diz que vencedor de Uganda faz "loucuras"

José Ricardo Leite

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Stefan Wermuth

    Marílson dos Santos terminou na quinta colocação na maratona em Londres

    Marílson dos Santos terminou na quinta colocação na maratona em Londres

Marílson dos Santos não conseguiu ficar no pódio na maratona dos Jogos Olímpicos de Londres, mas demonstrou satisfação com sua estratégia e desempenho.

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Ele terminou na quinta colocação e ficou atrás de atletas de Uganda, Quênia, dois, e de um americano (que nasceu na Eritreia). Os africanos sempre dominaram esta prova, sobretudo os quenianos. Foi o melhor não africano.

Marílson é um dos poucos que já conseguiu quebrar essa hegemonia, em provas tradicionais como a Maratona de Nova York e ter vencido três vezes a São Silvestre, que tem 9 títulos de africanos nos últimos 15 anos.

"Existe um domínio africano [em provas de longa distância]. Sou um dos poucos que lutam contra isso. Mas tem que se arriscar [para vencê-los]. Eles são os melhores do mundo, mas tem que tentar", falou.

"Dei meu máximo e fiz tudo que tinha que fazer em termos de estratégia. Tem que acreditar até o fim, não pode desistir."

A medalha de ouro ficou para Stephen Kiprotich, de Uganda, com o tempo de 2h08min01. Marílson diz que não foi tão surpreendente a vitória por já conhecer o africano e lembrou que ele tem um estilo de fazer  "loucuras".

"A gente já conhecia ele de algumas outras provas. Ele nunca tinha ganhado uma tão importante, mas conhecíamos ele até por algumas loucuras que ele faz na prova. Maratona é isso aí", falou.

"Ele faz muito vai e vem, deixa a prova rápida quando não é pra deixar, faz isso. Aqui ele correu muito cadenciado, talvez por isso tenha ido bem", finalizou.

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