Lesão de Vissotto aumenta lista de baleados do vôlei masculino às vésperas da semi
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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AP Photo/Jeff Roberson
Leandro Vissotto fica sentado após deixar partida contra Argentina com lesão ainda no primeiro set
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Leandro Vissotto lesionou o músculo adutor da coxa direita e não deve jogar a semifinal do vôlei masculino contra a Itália, mas está longe de ser o único motivo de preocupação da seleção. Com o departamento médico em alerta, Bernardinho trabalha para evitar novas complicações e observa de perto Murilo, Dante e Giba, que ainda se recuperam de problemas recentes.
O acúmulo de lesões é o resultado de uma temporada desgastante, que começou com a extensa Copa do Mundo disputada no Japão no fim de novembro de 2011 e segue até agora, com campeonatos nacionais e Liga Mundial no caminho. Hoje, o time vive em um constante estado de alerta, com os jogadores fazendo trabalho de recuperação intensivo.
“A gente sabe que o calendário é complicado. Nós sofremos durante a Liga, mas conseguimos revezar alguns jogadores. Estamos tentando segurar o máximo até nos treinamentos, mas faz parte, não tem jeito. Atleta sente dor mesmo. Sai do jogo e vai para uma banheira de gelo, passa anti-inflamatório... É o sacrifício”, disse Bruninho, após a vitória do Brasil sobre a Argentina por 3 a 0, nas quartas de final.
A partida contra os vizinhos deixou a seleção com uma baixa considerável. Vissotto sentiu a lesão no músculo adutor e faria exames ainda na noite da última quarta para saber a gravidade do problema. Bernardinho, o resto da equipe e o próprio jogador, no entanto, não saíram de quadra muito esperançosos.
O oposto é só o problema mais recente. Giba passou a temporada toda afastado com uma lesão na canela, e quando voltou, às vésperas de ir a Londres, ainda sentiu um problema muscular nos treinos no Rio de Janeiro. Sem ritmo de jogo, está sendo pouco utilizado por Bernardinho. Segundo relato dos companheiros, “sente dor em tudo, principalmente na canela”.
Dante e Murilo são titulares, mas também jogam com dores. O primeiro sente o joelho esquerdo há tempos e voltou a mostrar o desconforto na partida contra a Argentina em uma disputa na rede. Logo que saiu da quadra, ele foi para o vestiário tratar a região, que “já estava inchando”, nas palavras dele.
Murilo, por sua vez, passou parte da temporada com dores no ombro. O local ainda incomoda, mas ele vem superando as dores e é o maior pontuador do Brasil até agora nos Jogos.
“Dor todos nós sentimos. Eu estava bem ruim no começo da Liga Mundial, mas aí fiquei fora alguns jogos e me recuperei, tudo pensando nas Olimpíadas”, disse Murilo, que ainda acha que esse não é um problema só do Brasil. “Cansaço físico no vôlei é normal. Acho que se você perguntar para os outros times eles vão dizer a mesma coisa”, disse o ponteiro.