Caçula da seleção, Wallace é elogiado pelo chefe e deve ganhar missão de decidir na semi

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • AFP PHOTO/KIRILL KUDRYAVTSEV

    Wallace, oposto da seleção brasileira, ataca contra o bloqueio de Rodrigo Quiroga, da Argentina

    Wallace, oposto da seleção brasileira, ataca contra o bloqueio de Rodrigo Quiroga, da Argentina

Aos 25 anos, Wallace é o caçula do Brasil, terceiro elenco mais velho de todo o torneio olímpico de vôlei masculino. Mesmo assim, deve ficar com ele a missão de decidir na reta final dos Jogos de Londres, já que Leandro Vissotto, oposto titular, não deve se recuperar a tempo de disputar a semifinal.

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Vissotto sentiu uma dor muscular muito forte na coxa esquerda, perto da região da virilha. O próprio jogador, seus companheiros e o técnico Bernardinho admitem que a situação dele é complicada e que dificilmente ele estará em quadra na próxima sexta-feira, na semifinal. Por isso, Bernardinho já trabalha internamente para prepara-lo para a responsabilidade.

“O time tem de dar forças a ele. Ele é muito correto, humilde, e chega no time com uma responsabilidade muito grande, porque o time é muito experiente. E acho que até agora ele tem ido muito bem”, disse Bernardinho.

Wallace não tem sido apenas uma opção de banco. Ele tem 44 pontos (mais que o titular Dante, por exemplo) no torneio até agora, tem sido usado pelo treinador várias vezes e conseguiu ser decisivo em pelo menos uma delas. Contra a Sérvia, no penúltimo jogo da primeira fase, o Brasil perdia por 2 a 1, estava em uma situação complicada no quarto set quando Ricardinho e Bruninho apostaram no oposto, que virou bolas em sequência e abriu caminho para uma vitória de virada da seleção verde-amarela.

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O oposto do Sada/Cruzeiro foi muito festejado na ocasião. Sorridente, pareceu se assustar com a repercussão de sua atuação, recebeu tapinhas nas costas e palavras de incentivo de Giba. Agora, na semifinal olímpica, deve ter a grande chance da carreira de mostrar seu potencial.

“No ano passado, depois de perder a Superliga para o Sesi, quando ele chegou à seleção ele me disse que sentiu o peso de jogar com o Mineirinho lotado. E esse ano foi lá e ganhou. Uma das grandes virtudes de um campeão é admitir seus defeitos”, disse Bernardinho, enquanto Wallace prefere não fazer projeções até que tenha certeza de que vai entrar em quadra.

“Tenho de pensar no tratamento dele [Vissotto], para que volte o mais rápido possível. É um atleta importante para o grupo que que faz a diferença. Eu me preocupo com ele, não se eu vou jogar ou não”, disse Wallace. 

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