Faltando pouco mais de quatro anos para a Olimpíada de 2016, os organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro fizeram um balanço da preparação da cidade. Em uma entrevista coletiva integrada feita em Londres e no Rio, a presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos Marques, prometeu que a capital fluminense estará praticamente pronta para o maior evento esportivo do mundo sete meses antes da sua realização.

De acordo com a apresentação feita por Maria Silvia a jornalistas, os maiores projetos do Rio para os Jogos Olímpicos estarão concluídos até dezembro de 2015. Todos os corredores de ônibus, os parque olímpicos e as vilas para atletas e jornalistas estarão prontos sete meses antes da Olimpíada, que começará em 5 de agosto de 2016.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que todas as grandes obras necessárias para a Olimpíada já começaram. Segundo ele, a preparação do Rio está exatamente dentro do cronograma do Comitê Olímpico Internacional (COI). O andamento dos projetos, disse o prefeito, está até com uma “certa folga”.

“Todas as intervenções que duram mais de dois ou três anos para serem concluídas já têm seus projetos iniciados”, afirmou o prefeito. “Estamos trabalhando até com uma certa folga.”

Apesar de grande parte dos projetos estarem adiantados, Paes disse que ainda é impossível dizer quanto custarão os Jogos Olímpicos do Rio. Maria Silvia, da EOM, complementou e afirmou que o orçamento da Olimpíada só deve ser divulgada no final do primeiro semestre de 2013.

“O orçamento é uma questão muito delicada”, afirmou ela. “Não queremos divulgar um número enquanto não temos todos os projetos executivos de todas as obras fechados. Isso deve ocorrer no final do primeiro semestre do ano que vem.”

Maria Silvia disse que alguns dos projetos ainda não fechados são os “dilemas” do Rio de Janeiro. O que será feito com o velódromo do Pan 2007 em 2016 é um desses dilemas.

Ainda não está definido se o velódromo construído para o Pan será utilizado nos Jogos Olímpicos. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 chegou a informar que a estrutura seria demolida e uma outra seria construída. O prefeito Eduardo Paes afirmou, porém, que a demolição é algo “inaceitável”. Segundo ele, algum projeto terá de ser feito para dar alguma utilização ao local.

"O Brasil não é um país rico. O Rio não é uma cidade rica", disse Paes. "É inaceitável a demolição de uma estrutura que custou R$ 14 milhões aos cofres públicos."

Outro desafio, segundo Maria Silvia, é a hotelaria do Rio de Janeiro. A cidade tem hoje 20 mil leitos em hotéis. Até 2016, pretende ter 40 mil leitos. Isso, porém, não será suficiente para abrigar todos os atletas, turistas e autoridades que virão para a Olimpíada. Por isso, a cidade está construindo vilas para hospedar jornalistas e trará seis navios para o porto. Esses navios terão 10 mil leitos. "Tudo está sob controle", disse Maria Silvia.