Paes contraria CoRio-2016 e fala em evitar demolição de velódromo de R$ 14 milhões
Do UOL, em São Paulo
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Júlia Carneiro/BBC BRASIL
Eduardo Paes afirmou que não dá para admitir a tese de que o velódromo seja demolido
Na semana passada, a Empresa Olímpica Municipal anunciou que o velódromo, construído para o Pan-2007 e que custou R$ 14 milhões, seria demolido para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Neste domingo, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes contrariou a informação e falou em evitar a destruição em sua conta no Twitter.
“A tese de que o velódromo já existente e construído para os Jogos Pan-Americanos deva ser demolido não dá para ser admitida. Tenho certeza que a Federação Internacional de Ciclismo, a Federação do Rio e o Comitê Olímpico terão condições de propor adaptações ao Comitê Organizador dos Jogos que não seja a simples demolição de algo construído com recursos públicos”, explicou.
“Repito aqui algo que venho dizendo faz tempo: as Olimpíadas do Rio serão sinônimo de legado e não de elefantes brancos. O Parque Olímpico já iniciou as obras no prazo. As autoridades esportivas e os arquitetos dispõem de tempo suficiente para encontrar alternativa. Não custa lembrar que ali existe hoje num centro de Treinamento para ginástica que é um dos melhores do mundo”, continuou.
O posicionamento de Paes acontece após a divulgação da notícia provocar muitas críticas. Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Leonardo Gryner, membro do Comitê Organizador Rio 2016, revelou que a pista de madeira será reaproveitada em outro local do país, ainda não decidido.
Em 2009, o projeto original apresentado ao Comitê Olímpico Internacional previa a reforma do espaço, que também é utilizado por ginastas e atletas do taekwondo.
Como explicou o Blog do Cruz, o projeto inicial do Pan-2007 era de um velódromo provisório, mas se transformou em permanente após decisão do Ministério do Esporte e da Prefeitura do Rio, já que a cidade não tinha nenhum.
Porém, a mudança no meio do caminho fez com que o velódromo não atendesse aos padrões olímpicos. Atualmente, o local tem apenas 1.500 lugares quando a exigência do COI é de 5 mil.
O blogueiro Fábio Seixas lembrou que o circuito de Jacarepaguá foi desfigurado há seis anos para a construção do Parque Maria Lenk e do Velódromo, ambas instalações que não atendem as exigências do Comitê Internacional.