Com Espanha fora e Uruguai sob risco, Brasil pode ter trajeto de zebras até a final

Carlos Padeiro

Do UOL, em Manchester (Inglaterra)

  • AFP PHOTO/GRAHAM STUART

    Honduras venceu a Espanha e é o mais provável adversário do Brasil nas quartas de final

    Honduras venceu a Espanha e é o mais provável adversário do Brasil nas quartas de final

Uruguai na semifinal e Espanha na final. Esse seria o caminho natural do Brasil no futebol masculino dos Jogos Olímpicos caso as seleções mais tradicionais fizessem valer em campo o favoritismo a elas atribuído. Entretanto, as surpresas apareceram logo nas duas primeiras rodadas e a equipe do técnico Mano Menezes pode ter pela frente um trajeto de zebras até a decisão.

A Espanha foi a grande decepção ao perder para Japão e Honduras e ser eliminada logo de cara. Os atuais campeões do mundo e bicampeões da Europa viajaram ao Reino Unido com alguns jogadores badalados, caso do camisa 10 Juan Mata, nome de destaque do Chelsea, e da revelação Jordi Alba, contratado recentemente pelo Barcelona.

Já o Uruguai, melhor seleção sul-americana no Ranking da Fifa, sofreu para ganhar de virada dos Emirados Árabes Unidos e perdeu para Senegal. A equipe dos conhecidos atacantes Cavani e Luis Suarez precisa ganhar dos britânicos na última rodada para se classificar em segundo lugar, caso Senegal vença os árabes.

Conforme a configuração atual dos grupos, a tendência é o Brasil encarar Honduras nas quartas de final. Para o confronto na semi, Senegal e Coreia do Sul aparecem como fortes candidatos, caso o México termine em primeiro na sua chave. Nessas circunstâncias, o encontro com a seleção da América do Norte, que costuma ser uma pedra no sapato dos brasileiros, ficaria para final.  

Outro adversário que pode aparecer no caminho de Neymar e Cia é o Reino Unido. Num amistoso seis dias antes da Olimpíada, o Brasil ganhou dos donos da casa por 2 a 0, sem dificuldades.

Na avaliação de Mano Menezes, não dá para apostar no favoritismo de ninguém, e os resultados na primeira fase comprovam sua tese.

“Não viemos para a Olimpíada para jogar contra aquele ou contra esse. Não podemos nos iludir porque não teremos mais a Espanha pela frente. Se pensar assim, podemos tropeçar em outro adversário. O que aconteceu com a Espanha tem acontecido no futebol frequentemente. Todos trabalham e existe uma paridade, mesmo com tradições diferentes”, opinou o comandante da seleção pentacampeã mundial.

UOL Cursos Online

Todos os cursos