Depois de vencer o italiano Elio Verde na disputa da medalha de bronze na categoria até 60 kg do judô masculino em Londres, Felipe Kitadai soluçava de tanto chorar na zona mista. A emoção aumentou após  telefonema de João Derly, bicampeão mundial já aposentado e espécie de "padrinho" do medalhista.

“Foi muito emocionante. A gente brinca que ele é meu pai em Porto Alegre. Foi ele que me fez a proposta para ir à Sogipa”, comentou Kitadai, que nasceu em São Paulo, mas treina na capital gaúcha a convite de Derly.

Pelo Twitter, Derly também comemorou bastante a medalha de Kitadai e escreveu: “É bronze! Te amo filho! Orgulho!”. O ex-judoca disse que estava chorando e ainda postou: "Tenho a sensação de que o Kita conquistou a medalha olímpica que faltava para mim. Eu estou tão feliz por ele, que me sinto vencedor junto". 

Apesar de ter sido considerado um azarão, Kitadai afirmou que seu objetivo não era o bronze: “Quando acabou eu não pensei em nada, só olhei pro Jun [treinador] e ficou tudo embaçado. Eu vim para cá sabendo que menos que uma medalha é pouco. A meta era o ouro, mas eu quero curtir essa medalha".

Em entrevista ao canal Sportv, Kitadai comentou o sentimento de ganhar a primeira medalha do Brasil em Londres justamente no dia de seu aniversário de 23 anos: “Hoje é o meu dia. Acho que, por estar fazendo aniversário hoje, de algum jeito isso estava destinado isso pra mim”.

“Acho que estou sonhando ainda, ainda mais com meus pais e namorada ali berrando para mim. Fiz eles passarem por tudo isso e ainda não tinha conseguido uma medalha. Foi inacreditável, incrível e não dá nem para expressar em palavras”, completou o brasileiro.