Quem diria? Primeiro dia da Olimpíada tem até Brasil na liderança do quadro de medalhas

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/UOL

    Reprodução do quadro de medalhas da Olimpíada, com o Brasil em primeiro lugar

    Reprodução do quadro de medalhas da Olimpíada, com o Brasil em primeiro lugar

O Brasil liderou o quadro de medalhas da Olimpíada de Londres. Acha que é mentira? Olhe só a imagem ai ao lado. Aconteceu mesmo. E não foi a única surpresa desse primeiro dia olímpico.

Um atleta em que ninguém apostava subiu ao pódio. Uma piauiense 1,54m se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro no judô. E um nadador atingiu o feito de bater Michael Phelps, o fenômeno das piscinas, para conquistar o primeiro pódio olímpico de sua carreira.

O primeiro dessa lista foi Felipe Kitadai. Judoca de apenas 23 anos, ele era mais lembrado como o judoca do acidente estomacal do Pan de Guadalajara. Muitos esqueciam, porém, a personalidade que ele mostrou naquela conquista. Para quem duvidava, a resposta veio em Londres. Na ExCel Arena, ele foi muito maior do que seus 1,64m. Com dente lascado, vindo de uma derrota contra o líder do ranking mundial que custou a luta pelo ouro, ele superou o italiano Elio Verde apenas no golden-score para dar ao Brasil sua primeira medalha em Londres-2012.

A segunda não demorou muito. Minutos depois, Sarah Menezes subiu ao dojô. Duas vezes medalhista em campeonatos mundiais adultos, duas vezes campeã mundial júnior. Credenciais para a conquista ela tinha. Mas as rivais eram mais experientes. Só que a pequena piauiense não deu bola para quem falava isso. Foi batendo em uma, duas, três, quatro. E chegou a final. Quando ela derrubou a romena Alina Dumitru, campeã olímpica de 2008, quem diria? Sarah acabava de se tornar a primeira campeã olímpica do judô brasileiro.

E mais: sabe o que esse ouro significa? Bom, é a primeira vez na história em que o Brasil começa uma Olimpíada tão bem. Antes de Sarah, a maior conquista brasileira no dia de abertura das competições era a prata de Gustavo Borges, nos 200m livre de Atlanta-1996.

Para fechar o dia, mais uma surpresa. Quando Thiago Pereira subiu no bloco de largada, todos se lembraram da história do nadador. Super-homem nos Jogos Pan-Americanos, recordista de medalhas na competição continental. Mas quando era hora de Olimpíada ou mundial, sua melhor colocação eram quartos lugares. Quando a largada dos 400 m medley foi dada, Thiago passou na quarta posição nos 50m. Até os 200m, era o quinto. Só que, quando ninguém mais achava possível, ele surpreendeu. Assumiu a segunda posição e não deixou mais a medalha escapar. E sabe quem ficou atrás? Ele mesmo, Michael Phelps, o homem dos oito ouros em Pequim.

*Atualizada à 1h

UOL Cursos Online

Todos os cursos