As últimas semanas viram uma escalada do status do Brasil no torneio masculino de basquete nas Olimpíadas. Esse novo favoritismo de medalhista foi turbinado por elogios de rivais, palpites de imprensa internacional e bons resultados em partidas de preparação. Já em Londres para a disputa dos Jogos, o time parece aceitar a reputação sem constrangimento.

Apesar de comentários como o do técnico da seleção dos EUA, Myke Krzyzewski, que colocou o Brasil entre os favoritos, o argentino Rubén Magnano, técnico da seleção brasileira, diz acreditar que o status otimista em relação à participação olímpica de seu time começou ainda em casa.

"Isso nasceu no Brasil, essa história de medalha. Mas não está mal. É um reconhecimento. Mas temos que usar isso de forma inteligente sobre nosso ego, sobre a nossa autoestima", afirmou o técnico após o treino de terça-feira em Londres.

O ala Leandrinho também aprecia os comentários sobre a força do Brasil, mas diz que o time deve tomar cuidado com o deslumbramento.

"É bem-vindo. A gente escuta isso, mas não tira os pés do chão. A gente sabe que não vai ser fácil. Não dá para entrar com salto de sete metros de altura, mas a gente sabe que os outros vêm falando", declarou o jogador.

Durante a preparação, a seleção de Rubén Magnano conseguiu como resultados mais expressivos uma vitória sobre a Argentina (mas também perdeu um jogo para os rivais) e uma derrota para os Estados Unidos em Washington com grande atuação coletiva, por diferença de 11 pontos e vantagem parcial no 1º período.

Nesta semana, o técnico da seleção reuniu o grupo na chegada à Vila Olímpica para não deixar passar o caráter histórico do momento, do regresso aos Jogos após 16 anos de ausência.

"Falamos justamente isso na nossa entrada na Vila Olímpica. É um momento histórico da vida de um atleta, uma felicidade, não é pouca coisa", manifestou o treinador.

O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos de Londres no próximo final de semana, em partida diante da Austrália.