Aos 52 anos, medalhista do atletismo tenta colocar revezamento esloveno em Londres

Das agências internacionais

Em Ljubliana (SLO)

Merlene Ottey tem oito medalhas olímpicas, mas sua última conquista nos Jogos foi em 2000. Aos 52 anos, ele segue competindo no atletismo, agora pela Eslovênia, em vez da Jamaica. Apesar da idade avançada, ela foi pré-convocada para defender seu novo país no Europeu de atletismo e pode ajudar a colocar a equipe em Londres.

A velocista está no grupo de seis atletas selecionadas para a competição. Além dela, foram convocadas Sara Strajnar, Sabina Velt, Kristina Zumer, Aljia Sitar e Nina Kovacic, todas com menos de trinta anos.

A equipe sonha com uma improvável classificação olímpica. O melhor tempo do conjunto no ano é 44s46 (sem a presença de Ottey), bem abaixo dos 42s19 dos Estados Unidos, que lideram o ranking deste ano. Os 16 primeiros revezamentos garantem vaga, mas a Eslovênia atualmente está na 23ª posição.

Seria a coroação de sua carreira, marcada por muitas glórias e polêmicas. Em seu auge, Ottey três pratas e cinco bronzes entre os Jogos de 1984 e 2000 e três títulos mundiais no início da década de 1990, sempre pela Jamaica.

Em 1999, ela chegou a ser punida por doping, mas voltou a tempo de disputar a seletiva jamaicana para os Jogos de 2000. Classificada para o revezamento, ela perdeu a vaga nos 100 m rasos, mas pediu para substituir uma de suas rivais e foi atendida pela federação de seu país.

A troca revoltou suas companheiras, que chegaram a organizar protestos na Vila Olímpica de Sydney e tiveram de ser contidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). No fim, Ottey terminou na quarta colocação nos 100 m rasos e herdou um bronze por conta do doping da norte-americana Marion Jones, que perdeu seu ouro.

Depois do incidente, ela decidiu naturalizar-se eslovena e chegou a competir, sem sucesso, pelo país nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. 

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