Após "passear", Brasil decide vaga no vôlei contra único rival que promete dar trabalho

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Carlos (SP)

Atuais campeãs olímpicas, as meninas da seleção brasileira tiveram poucas dificuldades na primeira fase ou na semifinal do Pré-Olímpico de vôlei, disputado em São Carlos. Neste domingo, na decisão contra o Peru, às 18h30, a equipe segue favorita, mas terá pela frente o único time que falou em ameaçar de verdade as donas da casa.

“Há sempre muito respeito quando se trata do Brasil, mas estamos prontas para tentarmos para-las”, disse a levantadora Elena Keldibekova, que aos 37 anos é a jogadora mais velha de toda a competição. O discurso difere completamente daquele adotado por rivais anteriores do Brasil, que deram como certa a classificação do país. 

A veterana é uma velha conhecida. O jogo contra o Peru, um dos times mais tradicionais da América do Sul, é definido por José Roberto Guimarães, técnico do Brasil, como “dérbi”.

Keldibekova é a maior preocupação da seleção. Nascida no Cazaquistão, ela foi jogar no Peru em 1994 e, em 2000, naturalizou-se para disputar os Jogos Olímpicos de Sydney. Desde então, tem sido a protagonista da seleção, rivalizando com brasileiras como Fernanda Venturini e Fofão no período.

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  • Gustavo Franceschini/UOL

Mesmo diante de uma rival tradicional, o Brasil dificilmente terá trabalho. A semifinal que classificou o Peru contra a Colômbia, vencida pela seleção na primeira fase com certa facilidade, foi apertada. O 3 a 2 só foi garantido após a equipe salvar dois match points das rivais no set decisivo.

Até agora, a folga em quadra tem sido tão grande que o treinador José Roberto Guimarães tem aproveitado para dar ritmo às atletas. No segundo set, posições-chave como líbero e levantadora são trocadas, com Dani Lins e Camila Brait ganhando espaço. Na parcial final, tem sido a vez de Paula Pequeno aparecer. No fim, todas têm entrado em quadra, até a central Fabiana que, lesionada, só estreou no último sábado, contra a Venezuela.

Quem perder a decisão ainda terá uma segunda chance de se garantir em Londres. Tanto o Brasil quanto o Peru têm vaga garantida no Pré-Olímpico mundial pelo ranking da FIVB (Federação Internacional de Vôlei). 

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