Com 54 pontos em um jogo de vôlei, colombiana diz que recorde assustou: "achei que eram 25"

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Carlos

  • Gustavo Franceschini/UOL

    Oposto colombiana Madelaynne Montaño concede entrevistas após treino da equipe em São Carlos

    Oposto colombiana Madelaynne Montaño concede entrevistas após treino da equipe em São Carlos

Se a Colômbia que disputará o pré-olímpico de vôlei feminino contra o Brasil não mete medo na seleção, ao menos uma atacante do time rival deve preocupar. Dona do atual recorde de pontos em um só jogo, a oposto Madelaynne Montaño, de 29 anos, bateu três vezes a marca de 50 pontos em quadra, tanto que chegou a se cansar. Muitas vezes repetido, o feito passou a ser visto como fácil por ter sido atingido na Coreia do Sul, em um campeonato sem tanta tradição.

“A primeira vez que cheguei no recorde foi no ano passado, com 53 pontos. Foi uma coisa incrível, eu não estava acreditando. Aí depois aconteceu mais uma vez, e depois cheguei aos 54, e passei a ficar incomodada, porque parecia que era fácil. Ninguém sabe o quanto foi duro fazer isso”, disse a jogadora, principal estrela da Colômbia, segundo adversário do Brasil na competição, que será disputada em São Carlos, no interior de São Paulo. 

Montaño conseguiu atingir 54 pontos defendendo o KT&G Hunkuk, da Coreia do Sul, jogando contra o Heungkuk, pelo campeonato local. No ano passado, ela já tinha ganhado manchetes mundiais ao marcar 53 pontos, na época igualando uma marca de outras duas jogadoras. 

“Na primeira vez que aconteceu, eu saí de quadra e me perguntaram se eu sabia quantos pontos eu tinha feito. Eu respondi que achava que eram, no máximo, 25. Quando me disseram que foram 54 eu levei um susto”, disse Montaño, que credita a marca ao fato de ter sido mais acionada que as companheiras, e não a um talento excepcional. 

Aos 29 anos, hoje ela divide o recorde com a dominicana Bethania de La Cruz, que também chegou à sua marca neste ano. Montaño não sabe se seguirá na Coreia do Sul, diz que já sonhou em jogar a Superliga e que tem Paula Pequeno como um exemplo de jogadora, dentro de fora de quadra. No pré-olímpico, porém, ela não cogita bater a rival que idolatra. 

“Não temos uma seleção que seja capaz de dizer que possa bater o Brasil”, resumiu Montaño, repetindo o discurso de jogadoras e técnicos de outras seleções, que sabem que o time de José Roberto Guimarães é amplo favorito para vencer em São Carlos e garantir a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres. 

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