COI rasga elogios ao Brasil e expõe diferenças entre Rio-2016 e a Copa-2014
Das agências internacionais
Em Lausanne (Suíça)
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EFE/Salvatore Di Nolfi
Jacques Rogge, presidente do COI durante a coletiva em que elogiou a preparação brasileira
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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, rasgou elogios nesta quarta-feira à preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Com o cronograma em ordem, o evento se destaca na comparação com a Copa do Mundo de 2014, que vive uma grave crise, com troca de farpas entre a Fifa e o governo federal e a queda de Ricardo Teixeira, que presidia a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o COL (Comitê Organizador Local) do Mundial.
“[O Comitê Organizador da Olimpíada Rio-2016] manteve as promessas que fez quando apresentou a candidatura em 2009 e trabalha dentro dos prazos e pressupostos”, disse Jacques Rogge, em evento na sede do COI, em Lausanne, na Suíça.
A declaração foi acompanhada de um balanço da preparação brasileira, apresentado pela marroquina Nawal El Moutawakel. A dirigente esteve na semana passada, viu de perto o andamento das obras e até conversou com a presidente Dilma Rousseff.
“Dado o tempo que falta para que Londres passe a responsabilidade para o Rio de Janeiro e para que o Rio de Janeiro inaugure os Jogos, estamos muito satisfeitos pelo grande progresso que fizemos”, disse El Moutawakel.
Os elogios contrastam com a situação do outro grande evento esportivo no caminho do Brasil, a Copa do Mundo de 2014. Há duas semanas, governo federal e Fifa entraram em uma grave crise após Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade, dizer que o Brasil precisava receber "um chute no traseiro" para fazer a preparação engrenar.
A declaração foi seguida por uma intensa troca de declarações formais e agora o imbróglio pode ser resolvido em uma reunião entre Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Na última segunda, mais um golpe na Copa-2014. Ricardo Teixeira deixou a presidência da CBF e a do Comitê Organizador, passando o cargo para as mãos de José Maria Marin, que nunca esteve próximo do tema.