Nome certo na lista de convocados da seleção brasileira de basquete para a próxima Olimpíada, o ala Marquinhos tenta juntar suas economias para contar com uma torcedora especial. O jogador do Pinheiros tem sido "pressionado" por sua mulher para pagar uma promessa feita no ano anterior e levá-la para Londres.

“Só estou imaginando como vou pagar a passagem da minha esposa. Apostei com ela que, se nós classificássemos e eu estivesse no grupo que vai à Olimpíada, iria pagar todas as despesas dela. Agora estou ferrado”, brincou Marquinhos.

Restando pouco mais de quatro meses para a Olimpíada, a competição já provoca "frio na barriga" no ala do Pinheiros. A chance de escrever seu nome na história mexe com Marquinhos, que admite sonhar em ajudar o país a conquistar uma medalha em Londres.

“É a competição que pode marcar esta geração, ainda mais por recolocarmos o basquete brasileiro na Olimpíada após 16 anos”, disse o jogador. “Estamos na briga por uma medalha olímpica, o Magnano sempre nos diz isso. Temos que trabalhar duro, como fizemos em Mar del Plata [no Pré-Olímpico], pois tudo é possível.”

A provável presença de Marquinhos em Londres é desfecho da história de recuperação do ala na seleção.

O jogador, que acumula passagem pela NBA, viu sua trajetória na equipe nacional praticamente acabar em 2007, quando detonou o técnico Lula Ferreira durante o Pré-Olímpico das Américas e passou três anos sem ser convocado.

O retorno à seleção ocorreu pelas mãos do argentino Rubén Magnano, que apostou em Marquinhos para o Mundial de 2010. Virou titular, foi um dos destaques brasileiros na competição e tornou-se um dos homens de confiança do treinador, a quem tem grande gratidão.

“O Magnano é um cara sensacional e muito sensato. Estou com uma expectativa muito grande. Para o jogador de basquete, Mundial e Olimpíada são o auge das competições. Já participei do Mundial no ano passado e agora surge essa oportunidade, após tantos anos com o Brasil fora”, comentou Marquinhos.

* Viajou a convite da organização do NBB