Atleta olímpico mais pesado do Brasil, judoca faz regime para chegar a 145 kg

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

Rafael Silva foi aos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara no ano passado como o atleta mais pesado do Brasil. Quase garantido na Olimpíada, o judoca de 158 kg tem tudo para repetir o status em Londres. Até lá, no entanto, ele quer emagrecer pelo menos 13 kg, e para isso está em um regime considerável, acompanhado de perto por uma equipe especializada.

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    Rafael Silva durante o treino da seleção de judô em São Paulo; judoca quer emagrecer 13 quilos

  • Divulgação/CBJ

    Judoca fez avaliação em uma cápsula que mede a gordura do corpo e foi orientado a reduzir seu peso

“Eu estou com um pouquinho de sobrepeso. A gente tem um grupo de trabalho com nutricionista para perder gordura e ter mais massa magra. Menos gordura tira o risco de termos mais lesões. Porque é sempre o meu peso e o do meu adversário sobre os joelhos”, disse Rafael, o “Baby”, como é conhecido no mundo dos tatames.

O status de atleta olímpico mais pesado foi conquistado no ano passado. Na época com 150 kg, Rafael era o mais “gordinho” da delegação brasileira. O segundo colocado era o levantador de peso Fernando Reis, com 132 kg.

Rafael hoje é o quinto colocado do ranking mundial e só não irá a Londres se o compatriota Daniel Hernandes conseguir ultrapassá-lo. Missão muito difícil para Hernandes, que, apesar de estar bem colocado no ranking (décimo), está bem atrás de Rafael, com quase a metade dos pontos do rival).

Se Rafel Silva confirmar mesmo a vaga, ele certamente será o brasileiro mais pesado nos Jogos Olímpicos deste ano.

Até lá, se tudo der certo, ele deve sair dos atuais 158 kg para chegar aos 145 kg, peso considerado ideal. A mudança deve deixá-lo mais próximo do biótipo atual do judoca peso-pesado, cada vez mais longilíneo e atlético.

Rafael diz que, mais magro, deve ganhar mais explosão para os golpes, mas aponta a diminuição do risco de lesões como o maior benefício. A aparência, para ele, fica em segundo plano.

“Para mim é muito tranquilo. Minha vida pessoal é focada no judô. Se eu precisar engordar para conseguir lutar melhor, eu vou fazer. Aí, quando eu parar, minha preocupação vai ser com a saúde, não com a aparência”, diz Rafael. 

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