Arthur Zanetti se inspira em Bernardinho e Jordan e torna-se esperança de ouro olímpico
Felipe Rocha
Do UOL, em Londres (ING)
-
Felipe Rocha/UOL
Arthur Zanetti exibe a medalha de ouro conquistada no Pré-Olímpico de Londres
Se depender de suas referências, Arthur Zanetti terá um futuro tão dourado quanto a medalha que conquistou nesta quinta-feira no Pré-Olímpico de Londres. O paulista se transformou em um dos mais importantes nomes da ginástica masculina brasileira, com sua especialidade nas argolas, aparelho de pouca tradição no país. Os principais ídolos do ginasta, porém, vieram de outros esportes. Ele foi buscar no vôlei e no basquete seus maiores exemplos de campeões.
“Eu me inspiro em muita gente, não apenas da ginástica. Como o Michael Jordan, que foi um grande cara, e o próprio técnico Bernardinho, pois é muito bom pegar alguns conceitos que li no livro dele”, afirmou Zanetti. O ex-astro do basquete americano ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Los Angeles-84 e Barcelona-92, enquanto Bernardinho coleciona quatro pódios olímpicos, sendo um ouro, em Atenas-2004.
MAIS NOTÍCIAS DO PRÉ-OLÍMPICO
- Time masculino sente desfalques, fica em 6º no Pré-Olímpico e está fora de Londres
- Brasil consegue 3ª vaga na Olimpíada e refuta pressão por ausência de Diego
- Equipe feminina de ginástica se recupera de fiascos recentes e vai à Olimpíada
- Daiane diz não ter "dom" para virar técnica após aposentadoria em Londres-2012
- Jade e Zanetti confirmam favoritismo e conquistam medalha de ouro em Londres
Arthur Zanetti tem no currículo o vice-campeonato mundial, conquistado em Tóquio no ano passado, além da medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e, agora, o ouro no Pré-Olímpico. Para não deixar que o rápido sucesso vire prepotência e atrapalhe a sequência de triunfos, o jovem de 21 anos se espelha em Bernardinho.
“Uma frase dele que eu gosto muito é que o primeiro não pode deixar o sucesso subir à cabeça, isso é muito importante. Porque você pode acabar não treinando o quanto treinava antes. Humildade é o meu principal foco”, afirmou.
Na ginástica artística, Zanetti aponta o companheiro Diego Hypolito e o holandês Yuri van Gelder, especialista nas argolas, como dois atletas que admira. O brasileiro revelou ainda que sua preferência pelas argolas vem desde a infância.
“Desde pequeno sempre gostei de fazer força, e este é um aparelho de força. Toda vez que tinha alguma disputa, tipo pra segurar algum exercício por mais tempo, eu sempre queria ganhar dos outros. Acho que isso acabou me especializando nas argolas”, disse o ginasta, natural de São Caetano do Sul (SP).
A ginástica masculina será representada em Londres por três atletas nos aparelhos individuais, fato inédito para a modalidade em Jogos Olímpicos. Além de Zanetti , o Brasil terá Diego Hypolito na disputa do solo e mais uma vaga no individual geral que, provavelmente, ficará com Sérgio Sasaki.