Sem o seu principal astro Manu Ginobili, que se lesionou no início da partida, a Argentina não conseguiu superar o maior volume de jogo dos Estados Unidos, que venceram por 101 a 81 e conseguiram voltar à disputa da final do basquete masculino dos Jogos Olímpicos após duas edições.
A vitória teve um gosto de vingança para os norte-americanos, que perderam justamente para os argentinos nas semifinais de Atenas-2004. Naquela ocasião, a Argentina foi a campeã olímpica ao vencer a Itália na final.
Os Estados Unidos chegam invictos para a decisão, e voltam a encarar a Espanha em Pequim. Na primeira fase, vitória fácil dos norte-americanos por 37 pontos de diferença.
Já para os argentinos resta a motivação para a disputa do bronze contra a Lituânia, que foi derrotada pela Espanha nas semifinais.
O destaque dos Estados Unidos foi o ala Carmelo Anthony com 21 pontos, a grande maioria de lances livres (acertou 13 dos 13 que teve na partida). Pelo lado argentino, Luis Scola foi soberano, com 26 pontos e 11 rebotes.
Sob os olhares do eterno ídolo do futebol argentino Diego Armando Maradona, que também prestigiou o bronze das 'leonas' do hóquei na grama, a Argentina sucumbiu aos Estados Unidos no primeiro quarto, talvez como reflexo da saída de Ginobili do time. O placar de 30 a 11 resumiu este panorama.
A estratégia da Argentina de fazer uma marcação zona, que não tinha funcionado até então, passou a dar certo graças aos sucessivos erros da linha dos três pontos dos Estados Unidos e a grande atuação do ala-pivô Luis Scola, que dominou o garrafão. Por isso, os argentinos reduziram a vantagem para nove pontos (49 a 40).
Após o intervalo, os norte-americanos passaram a atuar de uma maneira diferente, com passes rápidos e arremessos de curta distância, o que aumentou a diferença da partida para 78 a 64 ao final do terceiro quarto.
No quarto e último período, o melhor banco de reservas dos Estados Unidos somada a ausência de Ginobili foram decisivos para a consolidação da vitória norte-americana. Mas com muita garra e com o apoio da torcida, a Argentina mostrou que os Estados Unidos não estão tão soberanos assim nesta edição dos Jogos Olímpicos.