O sul-coreano Baik Jong-Sub ganhou duas lutas em Pequim e ficou a apenas um triunfo de garantir uma medalha olímpica no boxe. Mas sua vontade de chegar ao pódio foi superada por um problema físico. O que sacrificou seu sonho olímpico foi o aviso dos médicos de que, se seguisse lutando, estaria arriscando sua vida.
O drama de Jong-Sub, lutador de 28 anos, da categoria leve (até 60 kg), começou quando passou a sentir dores no peito após suas lutas iniciais. "Depois de contrastarmos as opiniões com os médicos da equipe e de um hospital local, decidimos que era melhor que ele não fosse para o combate. Ele estaria ameaçando sua própria vida", afirmou seu treinador, Chun-ho.
Segundo o técnico, o pugilista, quinto colocado em Atenas-2004 e no Mundial de 2005, apresentou problemas respiratórios sérios, depois dos golpes recebidos em um de seus combates, o que gerou uma grande preocupação da delegação coreana.
A decisão de parar não foi de Jong-Sub, que enfrentaria nas quartas-de-final o armênio Hrachik Avakhyan, depois de ter derrotado o tailandês Pichai Sayota. "Baik queria competir, mas não vamos deixar", informou o técnico.
A luta do coreano está marcada para esta terça-feira, logo após o combate do brasileiro Paulo Carvalho, e, com a desistência, o armênio Avakhyan garante ao menos o bronze.