O cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda, o Doda, não participará dos Jogos Olímpicos de Pequim. Uma lesão sofrida pela égua AD Picolien Zeldenrust impossibilitou o brasileiro de lutar pela sua terceira medalha olímpica. Doda ajudou a conquistar as medalhas de bronze por equipes em Atlanta-96 e Sydney-00.
A lesão sofrida pela égua provavelmente aconteceu durante o transporte do animal para Hong Kong, mas isto não pôde ser determinado com exatidão pelos veterinários. O melhor brasileiro no ranking da modalidade, na 19ª colocação, lamentou estar fora da prova de saltos, mas está consciente que a decisão foi correta.
"Enquanto ainda estávamos tentando identificar o problema e tentar uma solução, a situação era tensa. Eu não vou saltar por dois motivos. O primeiro é comprometer o futuro da égua se forçar a barra, com o risco de não passar na visita veterinária e prejudicar a equipe. O segundo é não dar a oportunidade do conjunto reserva saltar, já que a minha égua não está com chances de colaborar com o resultado do time do Brasil", disse Doda.
A equipe brasileira de saltos será formada por Rodrigo Pessoa/Rufus, Bernardo Alves/Chupa Chup 2, Pedro Veniss/Um Blanc des Blancs e Camila Mazza/ Bonito Z. A estréia nos Jogos Olímpicos será nesta sexta-feira.
"Vou estar aqui com meus companheiros de equipe e para mim a única diferença é que meu resultado não vai contar para a equipe. Vou contribuir com tudo o que estiver ao meu alcance e estar ao lado de todo mundo o tempo inteiro, quero fazer parte da equipe, mesmo que de forma diferente agora", explicou o medalhista olímpico.
Atual campeão olímpico, o cavaleiro Rodrigo Pessoa lamentou o desfalque. "Com certeza nosso time perdeu em qualidade. Atualmente ele era o melhor conjunto do Brasil, o mais bem colocado no ranking e, provavelmente, o que melhor estava preparado para esta Olimpíada", comentou Pessoa.
A situação do Brasil no hipismo em Pequim parece mesmo não ser boa. A montaria Nilo, do cavaleiro Rogério Clementino, do adestramento, foi vetada após exames feitos pelos juízes da modalidade. Antes, a égua Butterfly, de Fabrício Salgado, também não havia sido liberada para participar do concurso do CCE.