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Frustrado com tempos, Phelps ainda depende de teste para definir Rio-2016

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Michael Phelps está garantido em três provas da Rio-2016, mas pode disputar até seis medalhas imagem: Bello/Getty Images/AFP

Guilherme Costa

Do UOL, em Omaha

Michael Phelps, 31, pode estar em até seis provas das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O nadador, maior vencedor da história dos Jogos, venceu as três disputas individuais que disputou na seletiva norte-americana, em Omaha, na última semana (100 m borboleta, 200 m borboleta e 200 m medley). Para fechar o programa que terá no Brasil, contudo, o atleta ainda terá de ser submetido a testes. E isso reflete o quanto ele não saiu plenamente satisfeito com o desempenho no classificatório.

Além das disputas individuais, Phelps pode ser inscrito em três revezamentos na Rio-2016. O nadador é nome quase certo nos 4x100 m medley (entraria por ter o melhor tempo nacional dos 100 m borboleta), mas não tem presença garantida no 4x100 m livre ou no 4x200 m livre. Ele não participou das seletivas nacionais dos 100 m livre ou dos 200 m livre, e os Estados Unidos já anunciaram quatro representantes em cada uma das provas. No entanto, o país pode inscrever até seis atletas nessas disputas – desde que todos sejam utilizados nos Jogos, em eliminatórias ou finais. Os postos abertos para “reservas” serão definidos por convocação, e o responsável pela escolha será Bob Bowman, treinador do astro.

“Está aberto para debate. Eu talvez faça uma tomada de tempo dos 100 m livre, ainda. Tínhamos isso na agenda”, contou Phelps. “Sei que outros caras também querem ter uma chance para fazer os 100 m livre. Talvez façamos uma bateria, o que pode ser divertido. Obviamente, eu amaria estar nesse revezamento, mas eu sei que muita gente também gostaria”, completou.

A discussão sobre a presença de Phelps tem duas naturezas fundamentais: o nadador ganhou duas medalhas olímpicas no 4x100 m livre (ouro em Pequim-2008 e prata em Londres-2012), mas nunca foi um velocista; além disso, precisa controlar o programa de provas da Rio-2016 – afinal, já tem 31 anos e não tem conseguido nesta temporada os melhores resultados da carreira.

Phelps emplacou em Omaha o sexto melhor tempo do planeta nos 200 m borboleta em 2016 (1min54s84). Nos 200 m medley (1min55s91) e nos 100 m borboleta (51s00), deixou a seletiva com o segundo colocado do mundo na temporada.

“É frustrante saber que eu não tenho conseguido ser tão rápido quanto eu fui em 2015, especialmente porque eu acho que estou em uma forma ainda melhor hoje. Mas eu ainda acredito que posso e não vou colocar um limite para mim. Acho que posso ser mais rápido do que fui na última noite [sábado, na decisão dos 100 m borboleta] e definitivamente acho que posso ser mais rápido nos 200 m borboleta. Estou empolgado com o que pode acontecer”, disse Phelps.

A Rio-2016 será a quinta participação do nadador em Olimpíadas, algo inédito para um norte-americano da modalidade. Ele já amealhou 22 pódios (18 ouros, duas pratas e dois bronzes), recorde na história dos Jogos, e também detém o maior número de medalhas em uma edição – foram oito em Pequim-2008.

Depois de Londres-2012, Phelps chegou a anunciar que havia encerrado sua carreira na natação. Voltou às piscinas em 2014, anunciou no ano seguinte que pretendia disputar uma vaga na Rio-2016 e agora tem falado em “terminar como sempre quis”.

A discussão sobre o programa de provas de Phelps na Rio-2016 engloba todos esses elementos históricos. Há também uma questão bem mais específica: o nadador não consegue um recorde mundial desde 2009. “Acho que seria divertido ter mais uma antes de me aposentar. Vamos ver”, encerrou o nadador.

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