Em dia de 'campeões 100%', Daniel Dias vira maior medalhista paraolímpico do Brasil
Do UOL, em São Paulo
Se o posto de maior nome da Olimpíada de Londres ficou dividido entre o nadador Michael Phelps e o velocista Usain Bolt, na Paraolimpíada da capital britânica está bem mais difícil eleger um só astro. Nesta quinta-feira, três atletas, dois deles da natação, elevaram seus números de ouros e mantiveram aproveitamento que até mesmo alguns países fortes no esporte ainda não alcançaram. Confira no resumo abaixo.
DANIEL DIAS, RECORDISTA BRASILEIRO
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Daniel Dias não foi à toa o porta-bandeira do Brasil na abertura da Paraolimpíada. Já se sabia que o nadador faria ‘estrago’ em Londres, e ele tem confirmado as expectativas. Nesta quinta-feira, Daniel alcançou seu quarto ouro, manteve o aproveitamento de 100% nas provas individuais que disputou e, de quebra, igualou-se a Ádria Santos e Clodoaldo Silva como maiores medalhistas brasileiros na história dos Jogos, cada um com 13 pódios. E a conta não acabou. Daniel ainda disputará mais três provas em Londres.
UMA MULTICAMPEÃ E UM CASAL QUE VALE POR UM PAÍS
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Sarah Storey tem 33 anos, já está em sua 6ª Olimpíada e não para de vencer. Nesta quinta, a queridinha dos britânicos voltou a fazer a festa dos donos da casa ao subir ao lugar mais alto do pódio pela 4ª vez em sua quarta 4ª prova. Foi o 11º ouro e a 22ª medalha da carreira de Sarah, que começou sua jornada paraolímpica aos 14 anos na natação e migrou para o ciclismo apenas em 2005, empurrada pelo marido, Barney. Junto, por sinal, o casal conquistou 6 insígnias em Londres, 5 ouros e 1 prata, o que os deixaria, atualmente, em 22º lugar no ranking de países, à frente do Canadá.
UMA AUSTRALIANA E 7 OUROS
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Provavelmente, em Londres ninguém mais conseguirá o que a australiana Jacqueline Freney já conseguiu. Até agora, a nadadora de 20 anos disputou sete provas e venceu absolutamente todas, sendo seis individuais e um revezamento. E na sexta-feira ainda tem mais, em sua última disputa, o 4x100 m medley 34 pontos. Fazem frente para os números da australiana apenas os quatro ouros da russa Oxana Savchenko e os cinco ouros e duas pratas da norte-americana Jessica Long.
Entre os homens, além de Daniel Dias, destaque para o bielorrusso Ilhar Boki (4 ouros e 1 prata), responsável por 5 das 7 medalhas de seu país e com uma colocação melhor do que toda a delegação do Japão.