Brasileira do BMX revela perda de memória após queda, diz gostar do perigo e refutar parar

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

  • Arquivo Pessoal

    Squel Stein, ciclista brasileira que garantiu sua vaga em Londres no último fim de semana

    Squel Stein, ciclista brasileira que garantiu sua vaga em Londres no último fim de semana

A ciclista brasileira Squel Stein se recupera ainda da queda sofrida em sua rápida participação nos Jogos Olímpicos de Londres, na prova do BMX. Ela está apenas em um período de repouso e precisa realizar mais dois exames para depois voltar a treinar normalmente. Stein sofreu uma queda logo na primeira subida e saiu de maca e imobilizada após levar uma pancada na cabeça.  

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Logo após o fim da bateria, o grupo de apoio foi até a brasileira e levou para o ambulatório do local. A brasileira não foi para a segunda série após sofrer o acidente. Ela revelou que pensou em voltar a disputar a prova, mesmo após o acidente, só que os médicos não liberaram por ela ter perdido a memória. A ciclista sofreu um pequeno nódulo na cabeça e toma remédios.

“O médico falou para eu ficar de sete a 14 dias bem tranquila, de férias, pelo fato de eu ter perdido a memória. Foi algo preocupante. Mas eu não lembro muito bem [do que aconteceu], de ter competido. Só lembro de ter acordado na ambulância. Eu falava para os médicos que estava bem depois do desmaio”, falou.

“Eu não lembrava do que tinha acontecido antes. Eu estava bem confusa, falava que estava bem. Eles fizeram uma massagem no pescoço e tive um pequeno nódulo [na cabeça]. Tenho dois exames ainda para fazer e estou tomando remédios para dor de cabeça.”

No Pan de Guadalajara, em 2011, a participação de Squel também acabou mal. A brasileira sofreu uma queda, bateu a cabeça e teve que ser medicada em um hospital na cidade mexicana. Naquela oportunidade, ela disse ter pensado em abandonar o esporte em função do risco de acidentes.

Mas o pensamento da atleta agora é completamente diferente. Ela diz que tudo isso faz parte e que vai continuar. “Eu famo o que faço, se eu não gostasse, não faria. Eu gosto da adrenalina, dos pulos, do perigo. O medo não existe. Se tivesse medo, não estaria competindo”, falou.

“Acho que essas lesões acontecem, tem quem estar preparado, quanto mais cai, tem que ter mais vontade pra levantar. A gente tenta levantar mais rápido ainda”, continuou.

A ciclista já faz planos para 2016 e vai voltar a treinar no Brasil. Antes, ele treinava nos Estados Unidos, e agora vai para Paulínia, no interior de São Paulo, onde existe uma pista de alto nível. “Ano que vem já estarei em São Paulo para melhorar meu rendimento e tentar uma vaga para os Jogos de 2016. Em 2012 não tínhamos tanto suporte, e ter conseguido a vaga já foi uma surpresa. Mas em 2016 será ainda melhor. Agora vou procurar aumentar meu porte físico, para ganhar mais massa e ter mais força”, falou.

O BMX estreou nos Jogos Olímpicos em 2008. Na edição de Londres, foi um sucesso de público, que delirava quando os ciclistas caíam.

Squel disse que isso faz parte das arquibancadas e que é normal essa diversão. “Era isso que estava faltando, o público ter o friozinho na barriga e ver como é bom o esporte radical nas Olimpíadas.”

A ciclista disse que o esporte é seguro e recomenta para quem gosta. “Quem gosta da adrenalina te quem fazer, é só se cuidar bem, usar equipamentos certos é difícil de se machucar””, finalizou.


 

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