Scheidt lamenta fim da classe Star e critica decisão de Federação: "é questionável"
Júlia Caldeira
Do UOL, em São Paulo
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Getty Images
Scheidt, ao lado de seu parceiro Bruno Prada, exibe a medalha de bronze conquistada em Londres
Maior medalhista do Brasil em Olimpíadas, Robert Scheidt será obrigado a mudar de categoria para os Jogos no Rio em 2016. O motivo é a retirada da classe Star dos Jogos Olímpicos. Em entrevista coletiva ao lado de seu parceiro Bruno Prada na última quarta-feira, Scheidt mostrou indignação sobre a mudança.
Após os Jogos em Londres deste ano, a Federação Internacional de Vela (Isaf, sigla em inglês) decidiu tirar a classe Star, em que Scheidt foi medalhista de bronze ao lado de Bruno Prada, das Olimpíadas.
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Forçado a separar sua dupla com Bruno Prada e a mudar de categoria, Scheidt criticou a atitude. "As decisões da Isaf são muito questionáveis, vão contra a tendência da vela", apontou.
Segundo o atleta, a classe é o destino da maioria dos velejadores em fim de carreira. "A Star é uma classe que aceita diversos biotipos, de alguém mais magro, como eu, até um mais pesado. É uma classe mais técnica. Todos os velejadores, de todas as classes, podem ir para a Star.", explicou.
Ele ainda ressaltou as condições ideiais do Rio de Janeiro, sede dos próximos Jogos Olímpicos, para competições da categoria. "O Rio, com ventos fracos, seria o lugar ideal para a Star".
Com a mudança, Scheidt voltará a disputar na classe Laser, em que conquistou três medalhas olímpicas ( ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e prata em Sidney/2000), dez mundiais e três panamericanos.
Já Prada passará a competir na classe Finn, na qual começou sua carreira na vela. Ele lamentou a mudança. "Hoje é provisório, mas pode ser definitivo", lembrou.
Scheidt ainda falou em lobby para votar o fim da categoria em 2016. "Tem muito lobby para decidir isso e a classe Star não fez muito lobby", disse.
A decisão, porém, ainda não é definitiva. Segundo o velejador, Goran Petersson, atual presidente da Isaf não tomou partido na questão e, em novembro deste ano, serão realizadas eleições para trocar o mandatário da Federação.
Além disso, em setembro de 2013 será escolhido o novo presidente do Comitê Oímpico Internacional (COI), cargo atualmente ocupado pelo belga Jacques Rogge. A opinião do novo dirigente do órgão pode ser decisiva para o futuro olímpico da classe Star.
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