LeBron & Cia. são ouro, batem recordes e se colocam logo atrás do "Dream Team' de 92

Do UOL, em São Paulo

  • AFP PHOTO / TIMOTHY A. CLARY

    Jogadores dos EUA comemoram com a medalha de ouro no peito

    Jogadores dos EUA comemoram com a medalha de ouro no peito

Kobe Bryant disse, antes da Olimpíada, que o time atual do basquete dos EUA era melhor que o time de 1992. O "Dream Team" original marcou a estreia dos profissionais da NBA nos Jogos Olímpicos, contava com superestrelas como Michael Jordan, Larry Bird e Magic Johnson e é considerado o melhor time da história olímpica.

Neste domingo, a seleção masculina dos EUA venceu a Espanha por 107 a 100 e conquistou seu segundo ouro seguido. Somado a medalha aos recordes olímpicos que LeBron James, Carmelo Anthony, Kevin Durant e seus companheiros bateram, o time de 2012 não supera, mas se coloca logo atrás dos veteranos de 1992.

O Dream Team fechou os Jogos Olímpicos de Barcelona invicto, com média de 45 pontos de vantagem em cada partida. A menor vitória foi para a Croácia, ainda na fase de grupos, por 33 a pontos.

2012, 1992 E MAIS COINCIDÊNCIAS

  • AFP/T.Clary

    Além dos recordes e do ouro, os times de 1992 e 2012 têm outras três coincidências. LeBron James é o terceiro atleta na história a ser campeão olímpico e da NBA no mesmo ano pelos EUA - ele levou o título da liga com o Miami Heat. Os outros dois são integrantes de Barcelona-1992: Michael Jordan e Scottie Pippen (que repetiu o feito em 1996).

    O novato Anthony Davis atingiu um feito parecido. Campeão do torneio universitário de basquete da NCAA com Kentucky, ele foi o primeiro desde Christian Laettner (campeão em 1992 por Duke) a conquistar os dois títulos. Em 1994, o pivô Emeka Okafor também era campeão universitário (por Connecticut), mas os EUA acabaram com o bronze olímpico.

RÚSSIA BATE ARGENTINA E CONQUISTA 1ª MEDALHA APÓS COLAPSO SOVIÉTICO

  • AP Photo/Charles Krupa

    A Rússia venceu a Argentina e conquistou o terceiro lugar no torneio de basquete masculino da Olimpíada-2012. Em partida emocionante decidida somente nos segundos finais, os russos levaram a melhor por 81 a 77 e chegaram a sua primeira medalha na modalidade desde o fim da União Soviética.

    A última havia sido nos Jogos de Seul-1988. Na época, a seleção soviética bateu a Iugoslávia na decisão do título. O nome da partida foi Alexey Shved, autor de 25 pontos, 18 deles da linha de três pontos e sete assistências. Nem mesmo o grande aproveitamento argentino de longa distância, 39 pontos, foi o suficiente.

O time de 2012 não chega nem perto disso. Apesar da média de vantagem ser de 35,7 pontos (sem contar a final), ela é inchada pelos 83 pontos de vantagem da partida sobre a Nigéria. Contra a Lituânia, por exemplo, a vitória foi por apenas cinco pontos.

Mesmo assim, o número de recordes batidos pela equipe comandada pelo técnico Michael Krzyzewski impressiona. O jogo contra a Nigéria é o maior exemplo. Os 156 pontos (contra 73 dos nigerianos) são o novo recorde olímpico, superando os 138 do Brasil de 1988 em um jogo contra o Egito. Os 37 pontos de Carmelo Anthony na mesma noite fazem do ala do New York Knicks o maior pontuador em uma só partida dos EUA em Olimpíadas.

Além disso, LeBron James se tornou o maior cestinha da história dos EUA em Olimpíadas. Quando o jogo começou, ele precisava de 17 pontos para superar os 270 de David Robinson (que estava naquela equipe de 1992), o antigo número 1 da lista. Além disso, Kevin Durant, que chegou à final com 126 pontos e passou dos 30 neste domingo, se tornou o maior cestinha norte-americano em uma edição dos Jogos, passando Spencer Haywood (145 em 1968), e o jogador com a maior média de pontos da história. Ele precisava de 29 pontos para passar os 19,3 de Adrian Dantley de 1976.

O JOGO

Apesar de tantos elogios, o jogo deste domingo esteve longe de ser fácil para os EUA. No primeiro quarto, o time chegou a abrir dez pontos. Todos na plateia, incluindo a família real da Espanha, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e o ator Vin Diesel, acharam que o jogo tinha terminado.

Mas, mesmo abrindo o segundo quarto com 35 a 27 atrás no placar, os espanhóis reagiram. No segundo quarto, melhorando muito a proteção ao garrafão e contando com os arremessos que não caíram, Pau Gasol e seus amigos fizeram 31 a 24 e foram ao vestiário com apenas um ponto atrás, 59 a 58.

As coisas seguiram complicadas no terceiro quarto. Forçando o jogo em Pau Gasol, a Espanha conseguiu anular os arremessos de três de Kevin Durant (que fechou o período com 27 pontos). O pivô dos Lakers fez 15 pontos e a parcial terminou em 24 a 24, ainda um ponto de vantagem para os EUA (83 a 82).

No último período, porém, a força norte-americana prevaleceu. Em cinco minutos, abriram dez pontos. A Espanha seguiu tentando encostar e, a três minutos do final, a vantagem chegou a seis pontos, com posse de bola europeia. Dois arremessos errados de Pau Gasol, porém, minaram a reação. No último minuto, Coach K mandou para quadra os reservas com 11 pontos de vantagem.

  • AP Photo/Charles Krupa

    Kevin Durant e LeBron James comemoram a medalha de ouro dos EUA no basquete

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