Vôlei feminino do Brasil encara Japão para selar fim da crise com nova final olímpica

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

A seleção de vôlei feminina pode passar da crise e do desânimo à euforia e a honra de uma nova final olímpica. Nesta quinta-feira, o time de José Roberto Guimarães encara o Japão, às 15h30 (horário de Brasília) com a missão de selar o fim da má fase com a sonhada vaga na final e a chance de brigar pelo bicampeonato olímpico.

A instabilidade começou ainda no Brasil, quando o técnico cortou a levantadora Fabíola e, principalmente, a ponteira Mari. A desconfiança sobre a equipe virou quase certeza depois das derrotas contra Estados Unidos e Coreia do Sul, que deixaram o time extremamente abatido.

“Vocês não sabem o quanto foi difícil esse período. Foi um dos momentos mais complicados de toda a minha carreira de treinador”, disse José Roberto Guimarães, enquanto jogadoras como Fabiana falaram da dificuldade para dormir.

Foram dias de reuniões e muita conversa. As críticas mexeram com o brio do time, que se esforçou para colocar isso em quadra. A vitória por 3 a 2 sobre a China, por exemplo, deixava o Brasil pressionado para a última rodada da primeira fase e tecnicamente não foi um bom resultado, já que naquele momento o ideal seria um jogo sem tie-break que garantisse três pontos. Mesmo assim, ela foi comemorada como o início da reação da equipe.

A ansiedade esteve no roteiro do último jogo, com a Sérvia. As meninas acompanharam pelos seus celulares o jogo entre Estados Unidos e Turquia, enquanto aqueciam na quadra ao lado. A apreensão se devia ao fato de que uma vitória europeia eliminaria o time de maneira histórica, já que o campeão anterior nunca havia caído ainda na primeira fase.

O revés não veio, e o Brasil ganhou força para a fase seguinte. As vitórias contra China e Sérvia acabaram sendo um presságio para o triunfo histórico contra a Rússia, nas quartas, com um 3 a 2 com direito a seis match points salvos no tie-break.

“Esse é o momento da virada desde que as críticas começaram. Ainda faltam duas partidas, mas nós saímos fortalecidas de tudo isso”, disse Paula Pequeno.

Agora, as jogadoras falam em concentração total para que a superação diante da Rússia não tenha sido em vão. “O Japão é um time que defende muito, é preciso no saque e mexe muito no contra-ataque. É o oposto da Rússia. Nós respeitamos muito o Japão, que é uma equipe forte”, disse José Roberto Guimarães. 

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