Rodrigo Pessoa vê preços abusivos e pede mais investimento para Brasil ter melhores cavalos

José Ricardo Leite

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Mike Hutchings

    Rodrigo Pessoa realiza sua apresentação na final individual do salto do hipismo nos Jogos Olímpicos

    Rodrigo Pessoa realiza sua apresentação na final individual do salto do hipismo nos Jogos Olímpicos

Técnico e competidor da equipe brasileira de saltos no hipismo, Rodrigo Pessoa pediu mais investimentos no esporte para que seja possível ter um bom desempenho nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O campeão olímpico de 2004 disse que os animais estão com preços abusivos no mercado e afirmou que o Brasil precisa de melhores cavalos para competir em 2016. “Temos que trabalhar para ter cavalos mais competitivos. "Temos cavaleiros de qualidade, mas nos falta um pouco de cavalo”, falou.

“É difícil encontrar cavalo novo e com qualidade. São fundos que precisamos, investimentos pra chegar com quatro, cinco, seis cavalos competitivos. É qualquer investimento, comercial, privado, doação, pra podermos conseguir. Temos suporte importante do COB, mas precisamos de mais. Os preços hoje estão atingindo cifras altas e precisamos de recursos pra encontrar cavalos à altura dos cavaleiros que temos. Tem cavalo custando até 3 milhões de euros”, falou.

Após o ouro de Pessoa em Atenas-2004 e dois bronzes por equipes em Atlanta-1996 e Sydney-2000, o Brasil ficam sem medalhas nos saltos do hipismo pela segunda edição consecutiva dos Jogos Olímpicos. 

Nesta quarta, Pessoa e Doda disputaram final dos saltos e não conseguiram reverter. Os dois cometeram faltas cruciais durante seus percursos e se despedem de Londres sem medalhas.

Na final por equipes, na segunda-feira, o Brasil ficou na última colocação. A Arábia Saudita, sem tradição de cavaleiros no esporte, foi lembrada como exemplo, já que ficou com a medalha de bronze em função de o país ter comprado bons cavalos para os competidores. "Hoje em dia, é 30% [mérito do] cavaleiro, e 70% cavalo. Nosso cavaleiros são bem melhores do que os deles."

Questionado se aceitaria a chance de competir por outra nação futuramente, Rodrigo rechaçou a hipótese. “No ponto que estou na minha carreira, realmente não. Particularmente com a Olimpíada em casa, seria bem recebido. Isso não é o caso pra mim.”

Brasileiros em Londres - dia 12
Brasileiros em Londres - dia 12

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