Medalhista descarta Rio-2016 e estuda lutar no boxe profissional ou MMA após feito

Bruno Freitas e Maurício Dehò

Em Londres (Inglaterra) e São Paulo

  • REUTERS/Murad Sezer

    Adriana Araújo, de 30 anos, venceu duas lutas e, com a derrota na semifinal, deixa Londres com o bronze

    Adriana Araújo, de 30 anos, venceu duas lutas e, com a derrota na semifinal, deixa Londres com o bronze

Adriana Araújo conseguiu um feito em Londres, quebrando um jejum de 44 anos do boxe brasileiro sem medalhas olímpicas e ficando com o bronze na estreia das mulheres em Jogos. No entanto, este deve ser a última conquista dela no que é chamado de boxe amador. Aos 30 anos, ela estuda se tornar profissional na volta ao Brasil, ou pode até fazer uma aposta mais ousada e se encaminhar para o MMA.

"ADRIANA FEZ JUS A MEDALHA E YAMAGUCHI AMADURECEU MUITO"

“Não devo seguir no boxe olímpico, eu tenho vontade de investir em me profissionalizar”, afirmou a baiana, que perdeu para a russa Sofya Ochigava nas semifinais desta quarta-feira para ficar com o bronze.

Adriana tem como técnico Luiz Dórea, conhecido não só por criar o tetracampeão na nobre arte Acelino Popó Freitas, mas também astros do MMA, como Júnior Cigano, atual campeão dos pesos pesados do UFC. As artes marciais mistas são uma opção para a medalhista.

“Sempre me quiseram no MMA, eu até fiz alguns treinos já, mas amo o boxe”, explicou Adriana, deixando em aberto suas possibilidades.

Para o técnico Luiz Dórea, o problema é a idade do boxe olímpico, que hoje tem limite de 34 anos. Adriana completa esta idade no ano dos Jogos do Rio, em 2016, mas, caso se mexa nesta regra, ela poderia ficar fora da disputa.

“Se diminuírem a idade, ela ficaria fora. Agora vamos ver o que vai acontecer com ela. Para mim, seria legal que ela continuasse mesmo no boxe olímpico. Mas se não for assim, podemos pensar mesmo no profissional ou mesmo no MMA”, afirmou ao UOL Esporte Dórea.

O treinador comemorou mais uma conquista, dentre as inúmeras como técnico, que vão de Popó a Cigano, passando pelo campeão mundial Everton Lopes e agora o bronze de Adriana. “Ela está há 14 anos comigo, estou muito feliz. A Adriana é uma menina de garra, ela é muito forte para a categoria dela e mostrou isso lá em Londres”, analisou.

Brasileiros em Londres - dia 12
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