Classificado, Brasil bate Alemanha no vôlei, 'dá sorte' e pega Argentina nas quartas

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Ivan Alvarado

    Jogadores da seleção brasileira comemoram ponto da equipe na partida contra a Alemanha

    Jogadores da seleção brasileira comemoram ponto da equipe na partida contra a Alemanha

Já classificado às quartas, o Brasil não teve dificuldade para vencer a Alemanha nesta segunda-feira. Com um time relaxado e fazendo testes com veteranos, Bernardinho quase não sofreu com os 3 sets a 0 (25-21, 25-22 e 25-19) aplicados nos europeus, e ainda deu sorte no sorteio do rival da próxima fase. A seleção pegará a Argentina na quarta-feira, às 10h (horário de Brasília), enquanto Polônia e Rússia, dois dos favoritos ao ouro, "se matam" já nas quartas.

"A ARGENTINA É O MELHOR RIVAL"

  • REUTERS/Ivan Alvarado

    A seleção masculina de vôlei podia ter um confronto direto com a Polônia, mas vai encarar a Argentina nas quartas. O sorteio que tirou um dos principais favoritos do caminho do Brasil agradou ao menos alguns dos jogadores do time verde-amarelo, que viram os vizinhos como rivais mais fracos na próxima fase.

Com a vitória sem tie-break, o Brasil somou três pontos, tem 11 pontos e ficou empatado com a Rússia no segundo lugar do grupo B. Pela regra do chaveamento em Londres, o primeiro de cada chave enfrenta o quarto da outra, enquanto segundos e terceiros colocados têm seus jogos definidos em um sorteio, que aconteceu momentos depois do fim da vitória verde-amarela e favoreceu a equipe verde-amarela. 

Os poloneses, carrascos recentes da seleção, estavam praticamente fora do caminho de Bruninho, Murilo e companhia, mas perderam de forma surpreendente nesta segunda para a fraca Austrália e terminaram na segunda colocação. Por isso, terão de cruzar com a Rússia.

Indiferente ao confronto da próxima fase, o Brasil usou a partida contra a Alemanha para dar ritmo de jogo aos reservas, como havia prometido Bernardinho. Giba jogou os dois últimos sets quase inteiros, Ricardinho foi mais aproveitado e Thiago Alves, que mal havia entrado nos primeiros jogos. Tudo porém, quase em ritmo de treino.

O primeiro set foi uma boa medida do quanto o Brasil esteve relaxado. A equipe não bloqueou nenhuma vez, deu oito pontos de graça aos alemães e passou alguns pontos discutindo com a arbitragem, com direito até a olhar no telão. No placar, a vantagem sempre foi verde-amarela, variando em torno de dois pontos durante toda a parcial, fechada com tranquilidade em 25 a 21.

Brasileiros em Londres - dia 10
Brasileiros em Londres - dia 10

Ciente do potencial do time adversário, Bernardinho tentou dar rodagem aos veteranos no segundo set. Giba e Rodrigão entraram logo no começo e não comprometeram, mas também passaram longe de ser decisivos. Giba, por exemplo, foi acionado apenas uma vez pelos levantadores, e errou a tentativa.

Com menos opções em quadra, Bruninho não pôde evitar que a Alemanha abrisse certa folga. Os europeus estavam em uma situação confortável, com um 22 a 19, quando Bernardinho colocou Ricardinho em quadra para ir ao saque e ele decidiu. Com a ajuda de defesas importantes de Giba e Serginho, ele comandou o time em seis pontos seguidos, que deram o set ao Brasil.

A virada tardia foi o golpe de misericórdia na Alemanha, que passou a errar muito no saque e não ofereceu resistência no último set. Logo de cara, o Brasil colocou cinco pontos de frente no placar e só administrou até fechar em 25 a 19, em menos de 25 minutos. 

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