Adriana festeja fim de jejum no boxe pelas mulheres e não relaxa: "brigo pelo ouro"
Bruno Freitas
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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AFP PHOTO / Jack GUEZ
Brasileira Adriana Araújo enfrentou a marroquina Mahjouba Oubtil e venceu por 16 a 12 em Londres
- Adriana vence, encerra jejum de 44 anos e garante 100ª medalha ao Brasil
A baiana Adriana Araújo conseguiu um feito histórico em Londres e encerrou um jejum de 44 anos para o boxe brasileiro, desde que Servílio Oliveira conquistou o bronze que havia sido o único pódio do país em Jogos Olímpicos. Curiosamente, a conquista veio das mãos de uma mulher e na estreia da chave feminina da "nobre arte". Ela comemorou o feito e o fato de poder ser um exemplo para as mulheres, mas disse que não relaxará em busca do ouro.
"Estou bastante feliz com essa medalha, mas meu objetivo é o ouro. Não é impossível", afirmou Adriana, na saída do ringue, após vencer por 16 a 12 a marroquina Mahjouba Oubtil. "É muito legal ter essa conquista, ainda mais por ser uma mulher. Fico lisonjeada de ser um exemplo para as meninas do Brasil."
Adriana volta ao ringue na quarta-feira na semifinal de sua categoria, tentando transformar o já garantido bronze em prata ou ouro.
Brasileiros em Londres - dia 10
"Não tem relaxamento, estou viva na competição ainda. Agora é manter o peso e seguir para a semifinal. Não sou só eu, temos o Esquiva e o Yamaguchi Falcão no masculino, e tenho certeza de que vamos brigar pelo ouro", adicionou Adriana.
"Eu já tinha lutado com esta marroquina no Cazaquistão, mas em Olimpíadas é diferente, todos aqui têm condições de vencer. Mas eu estava muito bem, vim bem preparada dos meus treinos em Salvador, com o professor Luiz Dórea e vou atrás da medalha", concluiu ela, referindo-se ao treinador que foi responsável por criar campeões como Popó, Everton Lopes e até o campeão do UFC Júnior Cigano.